25 de dezembro de 2012

That's a new life

Tenho mania de colocar em uma balança todos os meus ganhos e perdas que obtive durante o ano, confesso. Sabe, pra ver se ele valeu a pena. Só que meu maior problema é sempre analisar demais os acontecimentos ruins e meio que deixar de lado os bons. É errado, eu sei. Mas vou fazer o que se, sempre que coloco confiança, tudo acaba?

Nesse ano que - quase - se encerra, perdi amizades; perdi amores. Mas aí, eu fico pensando: era tudo aquilo mesmo? Digo, tudo que é de verdade não se acaba. Por mais que seja difícil e complicado, não acaba. Talvez as minhas relações tenham sido construídas rápidas demais, frágeis demais. Não era pra ser assim. Mas foi.

Quero deixar pra trás tudo isso que me faz mal. Seja em qual intensidade for. Se dói, não é saudável. Dessa forma, despeço-me de lembranças e momentos; ligações e mensagens perdidas; número do seu celular e a sua voz que insiste em me visitar cada noite em que acha uma brecha. Despeço-me da solidão. Sinto muito, mas minha meta para o ano que se aproxima é a de ser melhor. E você não me ajuda, você sabe.

Espero que tudo dê certo dessa vez. Para mim, para você. Eu vou em busca da minha felicidade. Mas fica tranquila, vai ficar tudo bem. Aliás, é a primeira vez no ano que realmente me sinto livre. Sendo assim, meu rumo acabou de mudar. Um adeus para você, quem sabe a gente se encontre nesses caminhos tortos que a vida nos dá. Um dia.

20 de dezembro de 2012

Depois de amanhã

Legal seria se, nesse último dia de nossa existência, as coisas pudessem ser do nosso jeito. O tempo passaria mais devagar, as pessoas seriam menos frias, o sentimento mais verdadeiro e a dor amenizaria. Legal seria se eu pudesse ter a oportunidade de falar tudo aquilo que já guardei dentro desse coração meio de pedra, meio de gelo. Legal seria, também, ter você aqui do lado, nem que fosse apenas nesse último dia.

Engraçado como a gente se pega pensando no improvável. Por um momento, tudo parece perfeito. A pessoa mudou, o amor voltou e a paixão revigorou. Ah, vale ressaltar também que até o sol resolveu dar uma aparecida novamente. Só pra te dar aquela motivada, você sabe. Só que, de repente, você se lembra que o momento em que se encontra é de plena escuridão. As nuvens estão tão carregadas que te impedem de continuar voando na direção que queria. Ao choque de duas substâncias que já não possuem um elo de ligação, surge o atrito.

Mas seria legal se a gente desse mais uma volta, você nesse seu jeito quietinho e eu no meu desengonçado. Seria legal te apresentar o mundo que imaginei pra nós dois e te dar nem que fosse um último beijo. E dizer que, se dependesse de mim, esse mundo não acabaria. Nunca mais. Cresceríamos juntos na base que tomamos para viver. Somos dois, mas somos um. Ou éramos. Calma, já mencionei que isso aqui não passa de uma utopia? Na verdade, o mundo pode acabar daqui quinze, dez ou cinco minutos. Tanto faz. O meu já acabou. Tem tempo.

Mas seria legal se existisse um dia depois de amanhã. Pra recomeçar.

13 de dezembro de 2012

Tempo de guerra, tempo de paz

Sem saber direito se certas coisas são predestinadas a acontecer, caminho seriamente o meu destino traçado dia após dia. Acontecimentos fortes podem bater de frente contigo, mas para tudo há uma solução. São meses de preparação para conseguir, finalmente, caminhar com suas próprias pernas. Não vai ser de uma hora pra outra que tudo estará encaixado em seu devido lugar. Não.

Certos momentos teus podem ser fundamentais, mas também cruciais. O ideal a se fazer é não baixar a cabeça, não deixar se abalar. Pode ser difícil no começo, mas uma hora tudo há de mudar. Com garra e perseverança, a luta é diária e incessante. Os guerreiros somos nós e aqueles que estão com a gente que deem um passo a frente.

A vida é curta e só está permitido se arrepender daquilo que não fez. Caso contrário, nada feito. Tudo tem um propósito e se não foi bem como o planejado - ou esperado -, tudo bem, novas oportunidades surgirão. Com a mesma sede de vencer, continuo caminhando. Uma hora eu acho o que melhor me convir e é lá mesmo que, provavelmente, irei me instalar. Sem cair na rotina, procurando sempre renovar. Os ares. Os amores.

Dias melhores estão por vir.

12 de dezembro de 2012

Fim, pt. 2

A: Alô?!

B: Acabou.

A: O que?

B: A gente.

A: O que tem a gente?

B: Você sabe. Esse lance, eu e você.

A: Não to sabendo de nada.

B: Ah!

...Silêncio.

B: Mas então.

A: Hm.

B: Acabou..né?

A: Olha, eu não to sabendo de nada. Se acabou pra você, acabou pra mim. Simples.

B: Tudo bem.

A: E vê se me faz um favor: não me procura mais. Me deixa respirar, finge que eu nunca existi. Não sei.

B: Tudo bem.

A: Mais uma coisa, deleta meu número.

B: Pra que?

A: É mais fácil.

B: Pra mim? Ou pra você?

A: Tanto faz.

B: Ah. Bom, ainda bem que acabou. E já sei o que você vai dizer: "eu não to sabendo de nada, blábláblá etecétera". Mas olha, escuta uma coisa. Foi bom, né? Digo, não ter nem começado com isso de eu e você. Não iria dar certo. E não fala nada não, você sabe que é tudo verdade. Era você que sempre me dizia pra mudar os caminhos, os planos. A vida segue, o mundo tá logo ali. Então, mudei. Mudei o caminho.

A: Sendo assim... Te desejo sorte nessa tua nova etapa. E felicidades. Você sabe, eu sempre te quis bem.

B: Sei. Mas oh, fica tranquila. Sabe esse meu novo caminho? Então, ele já não cruza mais com o seu. Eu vou ficar bem. Te cuida.

...tu tu tu!

10 de dezembro de 2012

Te vejo depois

Há uns dias venho pensando no que escrever e como escrever. Não existem mais palavras que possam descrever o que se passa dentro desse peito vazio. É uma mistura de sentimentos incessante, que sempre me deixa um pouco mais confusa do que já costumo ser. Fico aqui pensando se, por acaso, não te atormenta essa ideia de que você se tornou justo aquilo que eu mais temia; aquilo que você me prometeu nunca ser.

É claro que se me perguntarem agora o que eu quero, iria dizer "que se foda!". É até natural as pessoas tentarem se livrar do que as fazem mal. Mas, depois, eu lembraria de tudo o que vivemos. Das nossas conversas mais sinceras e mensagens perdidas numa madrugada qualquer. Pode-se dizer que tivemos uma história surreal, onde vivíamos em um mundo que era só nosso e os outros eram apenas os outros. A solidão não tinha vez e o tal do amor se apoderou de nós de uma forma saudável...

...até você me apunhalar pelas costas.

Você se afastou, simplesmente abandonou quem mais te queria bem. Resolveu dar um basta sem sequer saber a minha opinião sobre. Dói demais em saber que, hoje, nada mais somos além de estranhos. Dói demais saber que pra nos te esquecer eu terei que arranjar um substituto. E dói demais saber que ninguém que eu escolha será como você.

O coração às vezes prega umas peças que nos custa a acreditar. Quem um dia imaginou que eu, a menina do coração de pedra, iria estar aqui, mais uma vez, escrevendo palavras ao vento. Palavras que são escritas em um tom de desespero apelo para que você volte. Ao menos com a sua presença o vazio torna-se menor.

Sei que depois de tudo, o certo era te falar algo como "um beijo e adeus". Mas como eu vivo praticando a filosofia de insistir no errado, as únicas palavras que consigo articular são "um beijo e te vejo depois".

Na memória. Mas depois.

19 de novembro de 2012

Mundo

Eu já fui mais legal.

Em um mundo que não era esse, que não tinha tanta cobrança e as pessoas viviam em harmonia. Um mundo que talvez seja o ideal, mas não para esses que se dizem dignos de viver em tal. São pessoas que não são mais como eram antes. Um antes recente, pois a cada dia os ideais se modificam. Objetivo de vida não é mais aquele que você traça logo que conclui o colégio. Ele tornou-se algo bem mais.. egoísta. A cada passo, um novo objetivo. A cada passo, um novo tropeço.

Os tempos são outros. Não existe mais colaboração. O entendimento já se extinguiu. Hoje é um contra um. Nesse tempo de agora, com toda essa hipocrisia e falsidade gratuitas, o um não vira mais todos.

Felicidade já é algo forjado; a amizade, rara. Vivemos em um mundo de guerra, onde as pessoas matam outras do dia para a noite - ou vice e versa.

Esse mundo não é mais o meu.

Meu mundo era menos manipulado. As pessoas não tinham sangue nos olhos. Muito menos nas mãos. Pra sobreviver hoje em dia é necessário atirar no escuro e ver onde é que vai dar. Não importa qual vai ser o caminho, mesmo se for o errado e mais fácil, você vai. É, esse mundo realmente não é mais o meu.

Deixo esse mundo pra quem quer seguir a vida dessa maneira. Deixo pra essas pessoas que não sabem mais praticar um ato de bondade. Deixo pra quem recrimina a fé e banaliza o amor.

No fim, não sou só eu que já foi mais legal. O mundo também já foi. Um dia.

12 de novembro de 2012

(Con)fusão

Tudo estava indo tão bem. Pra que voltar a cutucar a ferida? Você sabia que ia doer. Mas, mesmo assim, foi lá e cutucou. Talvez seja birra, afinal, você sempre quer as coisas do seu jeito. Talvez cutucando você reviveria tudo aquilo novamente, não é? Pois bem, agora arque com as consequências.

Você sabe que, se você insiste em algo que não te faz bem, você irá se machucar. Todo mundo sabe. Mas parece que a vontade errada fala mais alto. Você vai lá e cutuca. Cutuca pra ver se dessa vez será diferente.

E não é. Você (também) já sabe.

Dizem que as pessoas mudam. Mas você duvida. Você não muda, por que os outros iriam mudar? Não tem lógica. Na verdade, nada ultimamente tem tido muita lógica. Fica tudo estranho; tudo fora do lugar. Digo, fora do seu lugar. As coisas não são mais da forma que você desejava. 

Nunca mais vão ser.

São apenas lembranças. Memórias. Pensamentos. Torpedos, talvez. Um amor. Perdido, mas amor. Esquisito, mas amor. Você. E um eu. Um nós.

Que já não é mais nós.

30 de outubro de 2012

Por aí

Tem gente por aí que acha que o ser humano é burro. Sei lá, tem vezes que sim, nós somos, mas ninguém é tão burro assim. Quero dizer, o ser humano é o único animal racional desse mundo. Desenvolvemos uma habilidade que nos diferencia dos outros: a de pensar, raciocinar e, principalmente, agir.

Só que tem gente por aí, que mesmo sabendo de tais informações, continua achando que o ser humano é burro. Ok, tem gente por aí que acha que eu sou burro. Talvez a cara. Talvez. Acho que nem isso. Mas vai saber o que os outros pensam de ti, né? Não importa. O que importa, mesmo, é que você sabe o que busca, o que quer. Deixa os outros ali no canto, um dia eles vão reparar que, enquanto você tava lá, ralando, eles tavam logo ali, achando que você era burro. Tudo bem.

Sempre tem gente por aí que acha que pode fazer o que quiser na hora que quiser. Usar e machucar as pessoas entram nessa listinha de 'o que'. De tanto você sofrer com as consequências disso, aprendeu o que é pra não fazer com quem está andando ao seu lado. Na verdade, diante de todos esses acontecimentos, a vida acaba nos ensinando que não se brinca com os sentimentos alheios. Não sei se essa gente por aí teve o mesmo ensinamento. Provável que não.

Eu sigo traçando os meus passos e construindo o meu caminho. Um caminho longo e sinuoso. Nada vem fácil, disso eu já sei. Mas enquanto os outros ainda estão no processo de (tentar) aprender, eu continuo caminhando. Sozinho. E por aí.

27 de outubro de 2012

Amores antigos nunca deixarão de ser amores

Por muito tempo as palavras insistem em sair, mas algo as bloqueia. Na verdade, alguém. Um alguém nada menos do que eu.

Logo eu, que sempre fui melhor com as palavras. Logo eu, que sempre soube o que falar e como falar. Logo eu, que já escrevi algumas coisas para e sobre alguém.

(Você).

Talvez você não se dê conta disso agora, mas quem sabe um dia, certo? Quem sabe um dia você acorde e perceba que você continua intacta aqui no meu peito...

Esse peito revirado de velhos sentimentos, mas que insistem em permanecer, em sufocar, em inquietar.

O tempo conseguiu cicatrizar um pouco das feridas que você deixou com a sua partida. Mas eu sei que você ainda faz falta. Sei porque esse coração que está batendo nesse exato momento me diz isso. Sei porque você, na verdade, nunca se foi. Sei porque você ainda está comigo.

Em pensamento.

E eu aqui, hoje, após quase 9 meses sem a sua presença diária, carrego você aonde quer que eu vá. Seja apenas no pensamento ou até mesmo nesse meu peito revirado, agora, de novos sentimentos.

15 de outubro de 2012

Tudo (irá) mudar

Certas coisas são pra acontecer. Boas ou ruins. Nunca se sabe o que está por vir. Na verdade, é você quem faz a sua estrada, mas, muitas vezes, a gente só se dá conta disso depois que aconteceu algo. Algo que pode ser decisivo na sua vida. 

Tanta coisa acontecendo junto que sua vontade de dar conta de tudo já não existe mais. O que te motivava há alguns meses hoje te abandonou. E você fica assim, sozinho, sem rumo pra seguir. E isso, já adianto, não é algo fácil de se lidar. Por mais que você se esforce, não obtém um resultado positivo. Pare e pense: tudo isso vale a pena? Ou melhor, perder tudo o que você perdeu valeu a pena? As pessoas, os momentos, a liberdade. 

Sua liberdade.

De um jeito ou de outro, você se auto prendeu nas suas lembranças. Lembranças que você já tinha se comprometido a esquecer. Lembranças sofridas e dolorosas. Aquelas que voltam à tona quando você menos precisa (e espera). Mas tudo bem. A vida já te ensinou a lidar com situações como essa. Não é mesmo?

Então respire fundo. Você sabe que no momento é a única coisa que se pode fazer. Você pode até não achar isso, mas no fundo, você sabe. Vá com calma, as coisas tendem a se ajeitar. No fim, tudo acaba bem. É só você querer.

12 de outubro de 2012

Você, aí (e eu aqui)

Acredito que seja a primeira vez que não vou ao seu encontro quando você, indiretamente, vem ao meu. A primeira em três anos. Ou sete. Não sei. É tudo tão complicado. Ou meio. O que sinto não é fácil de descrever. Sei que é verdadeiro.

O mais verdadeiro.

De certa forma, você mudou a minha vida. E nisso eu posso afirmar que foi pra melhor. Porque por mais que eu não esteja aí, você está aqui. Presente nos meus pensamentos, nas minhas escolhas, nas minhas atitudes. É difícil não poder te sentir mais? Sim, é. Mas eu tive a minha vez. Só que eu queria... de novo.

Poder te ter perto mais uma vez talvez fosse o que eu mais precisasse nesses últimos tempos. A paz que você me traz é algo inexplicável. Os sorrisos bobos estampados em meu rosto são apenas o reflexo do que você se tornou.

Se sinto orgulho? Claro. Eu faço parte disso tudo, como não me orgulhar? Como não olhar pra trás e pensar "como você cresceu"?

Eu sei que não tenho uma importância tão grande assim para você. Pelo menos não como você tem para mim. Mas eu me esforço. Eu faço a minha parte. E é por isso que busco alternativas, pois por mais que eu não esteja aí, eu quero ir. Digo, até aí. O meu lugar é aí.

Aí. Não aqui.

Texto em homenagem a: Simple Plan
(sobre aquela sensação de não ir no show da sua banda preferida)

23 de setembro de 2012

Muda

Tudo muda. E se não mudou é porque ainda vai mudar. Não importa o motivo, não importa o momento. Chega uma hora que tudo é obrigado a mudar. E o que nos resta é apenas aceitar. A tal da lei da vida nos ensinou isso. O que ela não ensinou é o fato de aceitarmos tudo numa boa. Sempre vai rolar as discussões, os desentendimentos. E a vergonha. Porque um dia você vai passar dos limites.

Não, ninguém é obrigado a aguentar tudo. Tem certas coisas que, realmente, ficam presas na garganta. Não desce. E você vai tentar entender o porquê daquilo tudo. Ou vai lembrar de tudo...

Das risadas, das lágrimas, das brigas com seus supostos amigos (ou amores), das conversas, das músicas marcantes.

Mas o que se deve ter em mente é que, assim como tudo muda, tudo passa também.

A mágoa passa, o choro passa, a angústia passa, o amor passa.

E, agora, o que nos resta não é mais aceitar. Mas sim, caminhar. Segue seu caminho, uma hora tudo há de mudar.

12 de setembro de 2012

Pedido

"Feche os olhos."
"Pra que?"
"Apenas feche."

A contragosto, ele fechou.

"Agora faça um pedido."
"Hã?"
"Isso mesmo."
"Um pedido?"
"É."
"Mas eu peço isso todos os dias. E não tá dando muito certo."
"Peça."
"O que?"
"O que você quer?"
"Você?"
"Estamos falando de você. Me esqueça por um momento."

Ele não queria. A única coisa que desejava era ter aquela guria ao seu lado. Mas ela não entendia. Ou não queria.

"Certo. Olha só, se eu fizer o pedido, você faz um também?"
"Faço."
"Mas não é um seu. É meu."
"Seu?"
"É."
"Por quê?"
"Eu to pedindo, você pode fazer isso?"

Desconfiada, ela concorda.

"Já fez o seu pedido?"
"Já. Você?"
"Eu?"
"Fez o seu?"
"Mas você falou que não iria ser um meu, mas sim um seu."
"Falei."
"Então."

Ele não sabia como pedir aquilo. Há tanto tempo desejava e, agora que podia - talvez - realizar, faltou-lhe coragem.

"Esquece."
"Esquecer?"
"É."
"Esquecer o meu pedido?"
"Sim. E não."
"Não?"
"É pra esquecer o meu pedido. Nunca o seu."
"Mas você nem sabe o que eu ia pedir. Vai que fosse algo bom?"
"Vai que fosse ruim..."
"Você acha?"
"Talvez."
"Não existe talvez. Ou acha ou não acha."
"Qual foi o seu pedido?"
"Não me lembro. Você pediu pra esquecer. Lembra?"
"Do que?"
"Esquece."
"Ok."

Ela ficou inquieta. Não sabia, também, lidar com aquela situação. Ele era seu melhor amigo. Mas será que era só isso mesmo?

"Tá, é o seguinte.. vou te contar o meu pedido. Mas você tem que me contar o seu. Pode ser?"
"Pode."
"Então conte."
"Você primeiro."

Ela não sabia jogar esse jogo. Sempre ficava nervosa, insegura. Mas, de uma vez só, contou o que tinha pedido.

"Eu pedi você."
"Eu?"

Bastou um olhar para responder.

"Sua vez."
"Do que?"
"De contar o que você pediu, talvez."
"Não existe talvez. Ou é ou não é."

Ela, envergonhada, sorriu.

"Você fica linda assim."
"Assim como?"
"Assim."
"Você tá enrolando. Vai contar ou não?"
"Não preciso mais."
"Por quê?"
"Porque o que eu pedi, depois de tanto tempo, acabou de me dizer que eu fui o seu pedido."
"Você me pediu?"

E com um beijo ele respondeu.

25 de agosto de 2012

Novos horizontes

Ei, não fique assim. Se não foi é porque não era pra ser. Mas viu, tudo nessa vida tem um motivo. Pode não ser um dos melhores, mas é assim. O que nos resta é encarar os fatos. Sua vida não vai acabar por isso, te garanto. Você se lembra da última vez que te aconteceu isso? Foi o que... 6 meses atrás? Amores vêm e vão. Cabe a você saber se vale a pena investir neles. Tudo bem, você não quer passar por isso (de novo). Eu sei. Acredite, eu sei. Mas não existe essa de que você não é bom. Não existe essa de que só desistem de você. Os fiéis ainda estarão ali pra você. Sabe, aqueles que se contam nos dedos. Os amigos. Então ergue tua cabeça. Novos horizontes estão por vir.

20 de agosto de 2012

Don't stop, keep walking

Não. Não tá fácil. Pelo contrário, tá mais difícil do que eu imaginava. É que, sei lá, rolou muita coisa junto. Deu um baita nó aqui dentro da cabeça, entende? Já não sei mais o que é prioridade ou o que é pra descartar. Mas a gente vai tentando.

A gente tenta se ajeitar. A gente tenta modificar. A gente tenta continuar. A gente tenta não (se) decepcionar.

Mas eu sei que às vezes o errado sobrepõe o certo. Eu sei que às vezes o tropeço é grande, mas não deixe a queda ser maior. Eu sei que tem gente que irá tentar te derrubar. Só não vale abaixar a cabeça, você sabe, ninguém pode tirar aquilo que é teu.

Tem coisas que não terão sentido, mas continue tentando. Uma hora dá certo, a sua hora vai chegar. Sem pressa, do jeito que tem que ser. Bota a tua fé nisso, a sua hora vai chegar...

Uma última coisa, lembre-se daqueles que estão lá por você. É aquela velha história: às vezes quem você menos espera é o que mais te ajuda. O resto você joga fora. Tá tudo bem, é só um peso a menos. Nada demais. Segue a sua vida. Essa é a essência de tudo.


So, keep walking and don't stop. For anything.

28 de julho de 2012

E aí, topa?

Cada pessoa tem o direito de desejar algo. Bom, no meu caso, seria um alguém. Por muito tempo me senti perdido, sem um motivo concreto pra continuar aqui. Foi quando eu resolvi mudar.

Troquei de carro, de cidade, amigos e profissão. Só não troquei de nome porque minha carreira como escritor foi uma furada, senão até isso teria feito. É aquela história, quando algo não dá certo, a gente toca a bola pro outro lado.

Só que eu sou daqueles caras todo errado, eu não mudo a direção, eu insisto no erro. 
De novo.
E de novo. 
E de novo.

Eu cansei, sabe? Resolvi arriscar novos ares. Vai saber o que iria encontrar, certo? Pra minha sorte, eu encontrei você. No começo foi algo normal. Não que eu te considere uma mina normal, como todas as outras, muito pelo contrário. Mas eu ainda não tava naquelas de chamar alguém de 'minha mina'. No começo, volto a repetir. Hoje to diferente. Tipo, já fazem seis meses que estamos nesse vai-não-vai-mas-tá-bom-assim. Não, não tá bom assim.

Eu quero você, de verdade. Tá mais do que na cara. E pra ter você aqui comigo eu faria qualquer coisa, é só você me dizer. Eu sei que nada é pra sempre e muito menos do jeito que a gente quer, mas por você eu tentaria. Eu tentaria te fazer sorrir todos os dias, logo ao amanhecer. Eu tentaria te reconquistar a cada novo dia. Eu tentaria mudar o (nosso) mundo pra que eu tivesse você aqui, ao meu lado.

E aí, o que acha? Topa?

17 de julho de 2012

A dois passos de distância

Ei, eu sei que você tá triste. Mas lembra de quando eu tava assim e você só queria ver um sorriso no meu rosto? Então, acho que é a minha vez de retribuir. Eu sei, eu sei, eu te magoei. Mas é só pra isso que eu presto, não é mesmo? Pra magoar os outros. Eu tinha te avisado. Ah, você não lembra? É que o foco foi tão grande nas minhas (pequenas) partes boas que acabou esquecendo das ruins. Mas, você sabe, eu nunca quis teu mal... Epa! Não vem com ironia, você que quis assim. Tá, eu tenho uma certa parcela de culpa nisso tudo. Mas e você? Falar dos outros é fácil, né? Difícil é perceber os próprios erros. Falo isso porque sou assim, aliás, todo mundo é. Eu não sou melhor do que ninguém, nunca vou ser. Não sei nem como que você chegou a perder um pouco do seu tempo comigo. O que? Ah. Sim, eu te fazia bem. Eu lembro. Você também fazia. Mas, sabe como é, tem outra pequena no meio. Calma, calma, não tá mais aqui quem falou. Mas olha, eu só passei aqui pra te dizer que, apesar de tudo, foi bom te conhecer. A gente se esbarra por aí, um dia. Quem sabe. Você sabe onde me encontrar, eu vou tá sempre por ali. Pra.. você sabe, conversar.

É logo ali. A dois passos de distância.

9 de julho de 2012

Now who's gonna save me?

Há certos momentos em que você se perde no meio de tantas palavras, pensamentos, pessoas. Você busca apenas um lugar pra chamar de seu; um alguém pra chamar de meu. E é tão complicado, porque você já passou por isso uma vez. Uma não, várias. Mas você tá aí, tentando. Dando a cara à tapa mais uma vez. Quem sabe dessa vez você acerta... certo?

Mas aí você pára pra pensar em um modelo ideal. Você pensa naquela pessoa que só te arrancou sorrisos, mas de uma forma ou outra, acabou com seu mundo em dois segundos. Nada é justo nessa vida, todo mundo sabe disso, mas, eu sei, você sente falta. Sente falta da conversa, do beijo, do abraço... até do silêncio. Mas acab.. não! na verdade, passou. Porque tudo que passa, talvez possa voltar. E você torce pra que volte.

Pode até ser bobo da sua parte, você pensa, mas ela.. ah! ela foi tudo o que você imaginou em uma pessoa só. Ela foi amiga, namorada, amante e até mãe nas horas em que você mais precisou. Então porque acabar? Desculpe, passar. Mas.. por quê? Se ela era o que você mais precisava. Se ela tinha te prometido que iria ficar com você até o fim. Se ela disse que você era tudo o que lhe faltava. Nada mais importa. Talvez pra ela, não pra você.

Palavras soltas, significados vazios, pessoas distantes. Tinha tudo pra ser, mas não foi. E mesmo assim você está todo cheio de esperança. Ok, que seja só um pouco então. Mas aí você me pergunta: é errado querer algo que talvez você nunca volte a ter?


Não sei, eu respondo.

28 de junho de 2012

1 eu + 1 você

A: Você vem, eu me calo.

B: Desculpe, o que?

A: Me calo.

B: Fale.

A: Não posso. Você veio. E eu me calo.

B: Não estou entendendo. Você me ligou.

A: Sim, pra você vir.

B: Então.

A: Então que a tua parte foi feita. A minha estou fazendo agora.

B: Você é complicado. Não sei pra que tudo isso. Você ligou, eu vim. Pronto.

A: E agora?

B: E agora o que?

A: Você vai embora?

B: Você quer que eu vá embora?

A: Não.

B: Então eu fico.

A: Mas assim eu continuo calado.

B: Afinal, o que você quer?

A: Você.

Silêncio

B: Você vem...

A: ...e eu me calo. É isso.

22 de junho de 2012

Um dia daqueles

22 de junho. Sexta-feira. 7:15h da manhã. Despertador toca. E eu, como sempre, preguiçoso pra levantar. Enrolo um pouco, resmungo, viro pro lado. Não dá, levanto. Lavo meu rosto, faço um café, me arrumo e saio rumo a academia. Deu vontade. Estava chovendo. Mas fui. Eu e meu guarda-chuva. Meu maior problema é não olhar por onde ando. Dito e feito, poça de lama. Dou uma limpada por cima. Continuo andando. A chuva tinha parado. Meu humor melhorou um pouco. Um pouco. Volta a chover. Abro o guarda-chuva. Dou 10 passos e a porcaria da chuva aumenta. Ainda não sei o porquê de existir um objeto feito para te proteger da chuva sendo que ele não exerce sua função. Eis que resolvo voltar pra casa. Estava todo encharcado, eu que não ia chegar em um lugar público daquele jeito. Como castigo, a chuva aumenta mais um pouco. Aí eu desisto de tudo, meu fiel guarda-chuva já tinha virado no casaco. Mas to tranquilo, minha casa fica logo ali, virando a esquina. Só que nem todo mundo sabe disso. Inclusive o caminhoneiro que passou agora a pouco por mim. E que, diga-se de passagem, passou por um buraco e me molhou mais um pouco da canela pra cima. Legal, belo começo de dia. Ainda tenho o resto dele pra viver. Ou me foder. Nessas circunstâncias, tanto faz.

Quem tá na chuva é pra se molhar. Literalmente.

5 de junho de 2012

Ausência

Escolhas vêm e vão, memórias são inevitáveis. E o que passou, não vai mais voltar. Promessas são feitas para serem quebradas, já dizia o ditado. Não procure a perfeição, ninguém é perfeito. Sempre terá aquele que irá te ferir. Vai doer, mas pra tudo há uma solução, e o tempo é uma delas. As feridas irão cicatrizar. E toda vez que tu olhar pra elas, lembrarás de como não deves ser, de como aquilo foi cruel. Nem as mais belas palavras, de versos errados, irão fazer você escutar como escutava antigamente. Criam-se barreiras, tudo se torna suspeito. Tu já não te reconheces, teu reflexo não mostra quem és realmente. Um vulto. Sim, tu és um vulto. Sem nitidez, sem expressão. Tu és um suspeito. Não para ti, mas sim para qualquer outro. Será que basta apenas errar para obter um crescimento? E o que se pode ver, nem sempre é verdade. Ilusões estão por todas as partes. A ausência deixa rastros. Ela deixa algo (ou alguém) alterado. Ela deixa a saudade. Saudade dói, saudade machuca. Quando se dá conta, estás a ponto de fazer loucuras. Tu sequer pensas, já está indo em direção ao abismo. É quando escuta aquela voz. Aquela que ecoa sempre quando está lhe faltando algo.

Ela diz volta. E você não volta.


Escrito em: 01/06/2010

26 de maio de 2012

Amar: verbo intransitivo,

já diria Mário de Andrade.

Mas, pra mim, é a maior mentira de todos os tempos. Veja bem, não tem como essa palavra ser um verbo. Ainda mais intransitivo. Nos meus tempos de escola, os professores ensinavam que verbo intransitivo é aquele que não precisa de complemento. A ação, por si só, já é subentendida. Mas amar? Amar, amor, tudo a mesma coisa. O amor é um sentimento. O amor é importante. Saca?

Tá, tudo bem. Digamos que amar realmente seja um verbo. Mas ele não é intransitivo. Não pode ser! É necessário um complemento. Não tem como amar em um. Ou tem? Que seja. Eu nunca consegui. Nem quero também. Amar em um.. que palhaçada.

Sei que você está se perguntando aí quem diabos eu sou pra falar todas essas coisas. Pois bem, sou um fracassado vagando pelas ruas. Vagando por aí. Tenho 23 anos e algumas decepções amorosas. E em nenhuma delas eu amei sozinho. Sempre tinha uma guria no meio. Sempre. Então, me diz, amar ainda é um verbo intransitivo?

Em todos esse anos, e olha que não são muitos, aprendi muito com esse sentimento. Eu só não sei, ainda, se ele é bom ou ruim. Depende do momento. Ou do meu humor. Ou da pessoa, vai. Se quem você ama for uma pessoa que não condiz com o que o sentimento significa então sim, o amor vai ser uma merda. A questão é que você sempre vai procurar achar alguém que mereça. Que te mereça.

Procurei por tanto tempo.. na verdade, ainda procuro. Ainda não achei alguém a quem possa dizer "meu, é você. sim, é você". Sei lá, talvez eu esteja viajando. Talvez isso nem aconteça. E sabe por quê? Depois de toda essa discussão, concluí que amar é fácil. O difícil é ser amado.

14 de maio de 2012

Nada funciona sem você aqui

Fechei a porta, bloqueei meus pensamentos. Agora sim me encontro sozinha, flutuando em lembranças. Vagas, apenas borrões ou vozes. Tanta coisa mudou depois daquele dia em que vi você partir. O sol na janela já não brilha mais, as flores já não se abrem. Tudo é tão mais difícil, complicado. Antes bastava uma palavra sua, um sorriso para que o meu dia estivesse ganho. No entanto, hoje em dia vejo apenas vincos em meus olhos. Eles estão te procurando, eles não querem se fechar... Não enquanto você não voltar.

Abro, então, a porta. Busco a esperança.

Escrito em: 07/12/2009

22 de abril de 2012

Fim do furacão

Sei que tem muita coisa estranha acontecendo por esses tempos. É tudo tão inesperado; inusitado. São coisas boas, na maioria. Mas rola de aparecer aquela sensação ruim de vez em quando.

Agora que me ajeitei, não posso me deixar levar por aquilo que me fez mal por tanto tempo. Custei a abandonar tudo pra ter uma vida de... diria de gente grande. Acho que to indo bem, espero continuar assim.

A única coisa que ainda me incomoda é o fato de ter deixado algumas pessoas pra trás. Mas não porque eu quis. Sabe, eu me importo com quem tá comigo, até demais. O problema é que isso não é recíproco. E aí, eu quebro a cara. Tudo bem, eu tentei. De todas as formas possíveis eu tentei. Só que não deu.

Cansei de insistir nos mesmos erros. Não vai dar. Ponto.

Se agora to no caminho certo eu já não sei. O que sei é que não posso mais voltar, porque finalmente a vida me deu uma chance de acertar.

16 de abril de 2012

Quando palavras já (não) dizem

A princípio era uma pessoa normal. Mas quem o realmente conhecia, sabia que ele tinha algo de especial. Ele tinha um dom que poucas pessoas tem: o de escrever. Só que, normalmente, escritores não são levados muito a sério. Em seu caso, as pessoas diziam que ele era muito emotivo. Levava sempre para o lado pessoal. Mas ele não ligava.

Não era lá um dos caras mais bonitos que alguém já viu, mas sempre andava com boa aparência. Tinha um círculo de amizades até que razoável. Era bem sociável e com um ótimo humor. Ponto positivo. Mas quando colocava em mente que iria escrever algo que o tornaria conhecido mundo a fora, fechava-se em seu próprio mundo e ai de quem tentasse algum tipo de conversa com ele.

Certa vez, no meio de uma crise de criatividade, resolveu caminhar pela rua. Com mil pensamentos na cabeça – mas nada concreto – não percebera onde tinha acabado de entrar. Quando finalmente se deu conta, estava numa mesa de bar, com um copo de cerveja na sua frente, um cigarro aceso entre seus dedos e uma bela moça lhe acompanhando. Mal pôde acreditar. Aquelas coisas não aconteciam com ele. Não a parte da cerveja e do cigarro, mas sim a da moça. “Tira essa cara de bobo do rosto. Não, não fale nada. Espera. Ela vai falar com você.”, pensava o rapaz.

— O bar estava cheio e, como a sua mesa estava com um lugar disponível, sentei aqui mesmo. Você não se incomoda, né? Eu não vou te atrapalhar. É que às vezes eu venho aqui apenas pra fugir de tudo, tomar uma cerveja, sabe como é. Aliás, me chamo Ana.
— Gabriel. E não, não é incômodo nenhum. Fique o tempo que precisar. — e sorriu.

Conforme iam conversando, mais ele a achava interessante. Conversaram sobre todo tipo de assunto que pode se conversar. Filmes, músicas, livros, até mesmo histórias inimagináveis ocorridas com eles mesmos.

— Mas então, o que você faz da vida? — pergunta Ana.

“Pergunta crucial, podia me perguntar tudo, menos isso. Quem ela pensa que é? Calma, calma, vai dar tudo certo.”.

— Bom, acredite você ou não, eu escrevo.
— É escritor então? Hm...

“Hm? Que coisa mais...vaga! Mas calma, Gabriel. Relaxa, continua a conversa.”

— Sim. E estou no meio de um projeto. A propósito, acabei entrando nesse bar justamente pelo mesmo motivo que você.
— A cerveja? — e riu.

Ele não esperava essa resposta e a acompanhou na risada.

— É, também. Mas principalmente pra fugir. Sabe, eu não sou desses que escreve coisas planejadas. Eu preciso sair, vivenciar, pra daí sim escrever. Preciso fugir. Das pessoas e até de mim mesmo.
— Eu, com certeza, não ia querer fugir de você.

E a conversa, dessa forma, foi fluindo. De palavras, passou para um contato visual. Um contato profundo, sincero. E, naquele momento, o rapaz apenas desejava que ela topasse em ir com ele pra um lugar menor, com mais privacidade. A verdade, é que ele queria deixar, de alguma forma, esse acontecimento registrado. Nem que fosse nas suas palavras. O que, de fato, ele sabia fazer de melhor.

10 de abril de 2012

(Sem) próxima parada

Obstáculos. Sempre vão ter uns desses aí pra atrapalhar. Às vezes, uns enormes. Daqueles que, se depender, tu passa por baixo. Evita. Mas é aquela coisa, tu vai pelo mais fácil. É que tá logo ali, sabe? Não demora, passa logo. Tem dias que sou assim. Desses que simplesmente.. evita.

E aí, quando tu percebe, já foi. Não dá pra voltar. Aquilo que tu fez, vai ficar daquele jeito. Justo ou não, é assim que as coisas acontecem. E não adianta depois ficar se lamentando. Ou seja lá o que tu faz. As coisas já foram feitas. Tu, simplesmente, te aquieta.

Os pensamentos, ah, esses afloram. E se eu fizesse daquele jeito. Ou se eu não falasse certas palavras. Ou, ainda, se eu não tivesse botado tudo a perder. Aliás, botar tudo a perder é o que de melhor eu faço. Não é? É o que dizem por aí. Que eu tenho um gênio forte. Desses que atropela tudo (e todos). Sabe? É... Tá complicado.

Mas a gente ergue a cabeça, segue em frente. Se eu tivesse desistido diante de qualquer dificuldade, caramba, certamente não estaria mais aqui. Eu sei que sou meio fraco, meio sensível, desses que qualquer futilidade já mexe contigo. Mas se eu to lutando por algo que realmente quero, nada me derruba. Ou quase nada. Ou quase-quase nada.

Quem é que disse que a vida é fácil? Eu to aqui, na luta. Agora eu vou até o fim.

Enfim. É isso.

5 de abril de 2012

Eu sei

Vou me arrepender ainda dessa minha decisão. Mas o que fazer se nem tudo está ao meu alcance?

Tanta coisa em mente e pouca oportunidade pra colocar em prática. A vida não é feita só de coisas-que-estão-na-mente. Eu sei. Mas eu fico aqui, na luta, até conseguir o que realmente quero. Não vai ser fácil, mas a gente tenta. Sempre tenta.

E vai tentando. Até conseguir. Sempre consegue, não vai ser diferente. Só é preciso de um pouco, como é mesmo o nome?, positividade! E isso, vou confessar, tá vindo aos montes. É raro acontecer comigo. Mas às vezes acontece. É só questão de esperar. Eu sei.

Mas enquanto nada disso acontece, cada qual na sua hora certa, eu espero. Mas espero naquelas, cheia de esperança. Uma hora acontece. Como já me disseram uma vez: "Você não pode abraçar o mundo". Mas, o meu, talvez eu possa.

Eu sei.

30 de março de 2012

Tu é do tamanho do teu sonho

É impossível lembrar de todas as vezes que tu foi capaz de tirar um sorriso do meu rosto. E das noites em que não conseguia dormir direito, por conta da ansiedade. É impossível, também, lembrar de quantas pessoas tu pôs em meu caminho. Todas curtindo uma coisa só. E não é uma pouca coisa, porque um talento como o teu é difícil de se encontrar.

Lembro como se fosse ontem do dia em que te vi pela primeira vez. De longe, mas te vi. E não só te vi, como também senti toda a energia que tu passava lá de cima do palco. Tão longe, mas tão perto. Eu tenho uma lembrança daquele dia. Uma não, várias. Mas tem uma que é especial. E toda vez que a vejo, eu revivo cada momento. São coisas boas. Coisas que pra sempre irei lembrar.

Ainda teve um dia que, pela primeira vez, tu conseguiu tirar lágrimas dos meus olhos. E olha que isso não é coisa fácil de se fazer. Mas as melodias, as palavras, todas juntas num mesmo lugar, me fez botar pra fora tudo o que eu tava sentindo. E eu sei que não foi só comigo que isso aconteceu. Nunca é só comigo. Acontece com qualquer um. Qualquer um que sinta a mesma coisa que eu sinto quando apenas escuto teu nome. Amor nem é a palavra certa pra definir tudo isso. Amor é clichê. O que eu tenho é admiração. Eu admiro, e muito, o que tu é. O que tu faz. O que tu ensina.

E diante de todos esses ensinamentos, eu consegui realizar um sonho meu. Pode ser pequeno e insignificante diante dos teus sonhos. Mas, realizá-lo, foi uma das grandes conquistas que eu já consegui. Poder te abraçar e "perder" algumas horas de um domingo conversando contigo, foi a melhor coisa que já me aconteceu. Perceber que tu não é de mentira. Que tu é igual a mim. Feito de carne e osso. E sonhos. E, eles, são feitos para se realizar; concretizar.


Tu já descreveu inúmeras vezes a minha vida. E eu já compartilhei inúmeras vezes com alguém as tuas palavras. Não foram poucas. E sei que não foram as últimas. Tua estrada só tá começando. E contigo eu hei de seguir.


Texto em homenagem a: Rodrigo "Esteban" Tavares
(pela saída da Fresno)

21 de fevereiro de 2012

A perfect shame

Confesso que não sei mais o porquê disso tudo. Cada vez é mais intensa essa dor. Incontrolável. Pensamentos são como melhores amigos ultimamente. E, sinceramente, eu odeio isso.

Na verdade, quem é que gosta de ser um fracassado a sua vida inteira? Ninguém gosta. Ninguém planeja mil e uma coisas pra ter certeza de que no final vai fracassar. Os planos são outros, todo mundo sabe disso.

Os planos eram viver. Simplesmente viver. Acordar e ter a vontade de sorrir e agradecer por aquele dia. Mas, o que realmente acontece, é aquela famosa afirmação "Mais um dia..." ou aquela pergunta "Por que mais um dia?". É difícil você conseguir motivos para ir até o fim. É difícil você fazer com que as pessoas que estão ao seu redor percebam que há sim algo de diferente em você. Que você não vê tanta beleza assim aonde os outros veem. Que você não se importa tanto em aproveitar a vida como ela deve ser aproveitada. Que você não é feliz com o que tem. Mas não porque você não quer. É porque você não consegue.

Ninguém te ensinou a apreciar tudo o que tem. Ninguém te ensinou a fazer e a cultivar amigos. Ninguém te ensinou que a vida pode ser fácil. Eles simplesmente..esqueceram. Te esqueceram. E assim é fácil te julgarem pelos maus comportamentos. Pelos sorrisos não dados. Pelas lágrimas bobas que insistem rolar.

Que atire a primeira pedra quem, um dia, tentou me entender. Sem desistir depois de alguns minutos, é claro.

7 de janeiro de 2012

Por trás do faz-de-conta

Olha, eu só queria dizer algumas coisas. Coisas estas que parece que ninguém consegue entender. Ou não querem entender. Não são coisas complicadas, são apenas. Dolorosas. Sabe, aquelas coisas que todo mundo faz questão de dizer você-não-pode-ser-assim. Pois bem. Estas.

Certa vez me perguntaram o que eu tinha. Nada, eu respondi. E não insisti mais. Pra quê? As pessoas iriam entender que tudo isso que se passa aqui dentro não é nada mais do que uma solidão? A minha solidão. Não é uma coisa que eu quero. Ela simplesmente me acompanha. Sabe aquelas coisas tipo eu-largo-da-solidão-mas-ela-não-me-larga? Aquelas coisas me-sinto-sozinho-mesmo-no-meio-dos-outros? Então.

Agora vai lá explicar tudo isso pra quem definiu que você-tem-que-ser-assim. Não dá. Não adianta. Aposto que até deboche vai rolar depois dessas coisas explicadas. Esclarecidas. Como eu queria, ah, como eu queria que tudo fosse diferente. Como eu queria poder acordar um dia e fazer tudo o que eu quisesse. Não o que os-outros-me-mandam-fazer-porque-você-tem-que-ser-assim. Ah, como eu queria. Levantar e poder desejar bom dia com a minha verdadeira cara. E não com essa que coloco diariamente, fingindo que sou uma pessoa-que-eles-mandaram-eu-ser.

Tudo isso cansa. Chega uma hora que há uma explosão. Que você não quer saber de mais nada nem ninguém. Apenas você. E sua solidão. É assim que sempre foi. E é assim que sempre vai ser. Não importa quantas pessoas digam eu-faço-isso-porque-amo-você. No final só irá restar você e a sua solidão. Pois falar que ama é fácil, quero ver fazer valer a pena. Difícil, não? Eu sei. Afinal, ser solitário também tem seus pontos positivos. São poucos, mas.

Acho que já falei demais, espero ter deixado explícito que. É.

5 de janeiro de 2012

E a sua vida, como vai?

Tem gente falando por aí que viver é fácil. Mas vou contar um segredo: não é. Não pra mim. E aposto que pra ti também. Sabe aqueles dias em que tu acorda com o humor pior do que qualquer outra coisa? Pois então. Daí, se já não bastasse isso, tu começa a pensar em coisas. Aleatórias mesmo. Pensa nas pessoas, nas suas atitudes, nos amores. Correspondidos e aqueles que são ao contrário.

Vá lá, diz aí pra mim quantas vezes tu se machucou. Ou em quantas perdeu teu chão e o ar. Agora diz aí se foi fácil encarar tudo isso. Quando eu digo que a vida não é fácil, é porque ela realmente não é. Não é exagero.

Tantas vezes eu quis mudar. Ser diferente, sabe? Eu quis tanto mostrar pros outros que eu posso ser alguém melhor. Um alguém que se pode contar, tipo, pra tudo. Admiro essas pessoas. Além de resolver os próprios problemas, ainda tem os dos outros. Esses são guerreiros. Mas baseado nessa teoria da vida, eu não me encaixaria nisso. Digo, se não dou conta nem da minha própria vida e dos meus afazeres e dos meus desejos e dos meus pensamentos, como é que eu vou me concentrar no outro, meu Deus?

Sempre fui daqueles foda-se-o-outro. Sempre vou ser.

Mas.. eu sinto saudades. Não sei de que e nem de quem. Apenas sinto. Acho que é daquela época em que eu podia ser o que eu quisesse. E ninguém ia me julgar. Tudo era lindo e maravilhoso. Hoje? Um passo que tu dá, tão te julgando. Uma palavra errada, tão te tacando pedra. Uma verdade, tão te chamando de mentiroso. É assim. E tu fica possesso. Com vontade de gritar. De xingar. De mandar todo mundo pra puta-que-o-pariu. E quer saber de uma coisa? Eu me sinto assim todos os dias.

Não me importo se é parente, se é amigo ou até o cachorro bonitinho fofo cuti-cuti da vizinha. Eu mando qualquer um, em qualquer horário, pra puta-que-o-pariu. E me desculpe se tu se sentiu ofendido nesse momento, mas sim, tu também tá incluso nesse grupo.

Quem me conhece sabe que sou assim. Eu não tenho mais conserto. Só queria deixar isso bem claro.

E se não ficou.. foda-se.
Foda-se tu e tua incapacidade de interpretar nas entrelinhas o meu foda-se pra vida.