26 de janeiro de 2011

Realidade inventada

Está chovendo e você já não está mais ao meu lado. Procurei alguma coisa que pudesse me fazer esquecer de tudo isso que vem acontecendo. Não encontrei. Pudera, tudo se resumia em apenas um corpo: o teu

Quantas vezes deixei escapar algo pelo simples fato de continuar alimentando uma falsa esperança. Uma esperança, que aliás, foi você quem criou. Não te culpo, tolo fui eu em ficar alimentando-a. Eu insisto em pensar em você, insisto em sonhar com você, insisto em tudo que é relacionado a você. Até a questão de sofrer por você. Sabe, aquelas dores que devem ser disfarçadas com um sorriso forçado. Pior do que isso, só a risada, que vem de acompanhante. Uma risada que soa ao tom de ironia.

Nada mais é perfeito. Pelo menos não para mim.

Tudo veio abaixo quando, naquela noite, você me disse o seu adeus. Cada palavra era como uma faca que ia em direção ao meu peito. E cada uma me feriu, pouco a pouco, lentamente. Enquanto o sangue escorria e o corpo caía, você foi se distanciando sem ao menos olhar para trás uma última vez. Você me deixou ali, estirado ao chão, suplicando pela sua volta. Mas você nunca voltou para me ajudar. Sequer ligou para saber como eu estava.

Tive que, novamente, aprender a andar sozinho, sem as suas mãos para me apoiar. Sem a sua voz para me acalmar. Com isso fui obrigado a viver. E hoje eu sei o quanto doeu. A dor de um amor inacabável; inalterável. O que posso dizer, agora, é que de certa forma você me ajudou.


Hoje eu não vou sonhar com você. Eu não preciso mais disso pra viver. Então, boa noite, meu amor.

20 de janeiro de 2011

Um amor, uma ilusão

São poucas as palavras que eu queria dizer para você. São palavras pequenas, insignificantes, mas se não forem ditas, elas logo cairão no esquecimento. Um minuto de sua atenção, é tudo que preciso. Afinal, um minuto foi o suficiente para que tivéssemos essa forte ligação.

Há um elo preso em nós dois; inquebrável. Ao menos era pra ser. De algum modo, você foi se distanciando e, esse elo, afrouxando.

Era tão mais fácil falar sobre amor há alguns meses. Hoje, isso me sufoca. Nada mais é nítido, as palavras surgem de uma forma contrária. Elas são escritas em linhas tortas. E veja só, essas linhas já não se cruzam com as suas. Não mais.

E todos os planos, promessas, sonhos? Caíram no seu esquecimento, assim como eu também caí.

Quem eu sou, onde estou, como estou. Nada mais te interessa. Sinto que fui apenas mais um passageiro nessa sua vida. Bom seria se você também fosse apenas isso na minha.

Um lado sempre deve ser o mais complicado.

Você era o sinônimo de sobrevivência. E quando você me abandonou, fui morrendo aos poucos. Não totalmente, pois eu continuava a respirar, na esperança de você voltar; de dizer que tudo não passava de um engano. Doce ilusão. Mal sabia que, pra ti, eu realmente tinha morrido.

Mas no final dessa história - a nossa história - algo de bom tinha que permanecer. E é por isso que escrevo essas palavras. Para dizer, que nesse final, você ainda não morreu. Continua aqui, intacta, nesse coração supostamente cicatrizado.

É por ti que ele bate. E é por ti que ele continuará batendo.

10 de janeiro de 2011

New perspective

Sonhos impossíveis que logo são descartados. Novas possibilidades que surgem. A felicidade está próxima e você não a vê. Espera, ainda, pelo milagre que pensa que irá acontecer. Sente que há algo estranho acontecendo.

E, de repente, descobre que é ela. A tal da esperança que não te deixa em paz. Sabe, que no fundo, ela é totalmente em vão. Mas você se deixa levar, pensa que dessa vez vai dar certo. Triste ilusão.

Encontra-se, de novo, na escuridão. Está a procura de uma luz. Mal sabe que ela pode estar muito próxima de ti. Basta olhar. E você verá. A luz mais brilhante que alguém poderia encontrar.

E pense: ela é sua. Isto é, se você não perder a oportunidade. Então, não a perca. Invista. A sua hora, enfim, chegou.

Pense que é o seu novo (re)começo. Os frutos logo virão, é só uma questão de tempo. Não desperdice, vá de encontro ao que lhe interessa. A sua felicidade é dependente disso.

Explore.

Viva.

2 de janeiro de 2011

Novembro de 2007

Talvez você não se lembre de mim. Talvez finja que não me conhece. Não gostaria de saber sequer se estou bem; se ainda penso em você? Aposto que essa resposta você sabe. A verdade é que nunca te esqueci. Sempre fico vagando nos meus pensamentos... "E se tivesse sido tudo diferente?". Talvez nós ainda estivéssemos juntos. Com nossas idas e vindas. Com nossas brigas infantis. Já faz tanto tempo... Na verdade, já faz tempo demais. Nós éramos tão bonitos. As nossas brincadeiras. As nossas promessas. Os nossos desejos. Tudo isso, agora, não passam de lembranças. Lembranças que pra você caíram no esquecimento, aposto. Mas eu me recordo de tudo. Dos momentos bons e dos ruins. A gente cresceu e amadureceu tanto. Me satisfazia ao ver você percebendo que sua vida tinha que tomar um rumo. Você mesmo me contou isso. Você me tinha como exemplo, tava mais do que na cara. Chegava a ser engraçado o fato de eu ser muito mais madura que você; o fato de eu ter que ser aquela que dá conselhos. Pra mim, isso nunca iria se acabar. Eu tinha você como o meu amor da minha vida. Desde os mais simples gestos (envolvendo sorvete ou estrelas) até os desejos mais loucos.. pra mim, tudo isso era amor. Até que um dia, um terceiro apareceu. Arruinou a minha e a sua vida. Ou melhor, mais a minha do que a sua. E eu tive que aceitar. Tive que ver toda essa nossa história sendo destruída. Não pude fazer nada. E assim, você disse que iria sumir. Mas disse, também, que voltaria. Você nunca voltou.

E eu, talvez, nunca te perdoe por ter me abandonado. Eu ainda te amo.