27 de janeiro de 2014

E se for pra não voltar, que não se vá

Me desculpe se às vezes eu falo um pouco demais, é que as coisas normalmente são tão banais. Não se pode mais sentir algo bom e bonito que isso já é taxado de piegas. Nos dias atuais, ainda há alguém que, de fato, ame alguém de formas reais? Sem expectativas ou pretensões, apenas ama? Se ainda há algo verdadeiro passeando pelo mundo, por favor, que me encontre. 

Já não suporto mais esse vazio dentro de mim. Se não bastasse já estar dessa forma, a única coisa que me preenche são apenas mais alguns desses vazios. Isso não é normal, eu sei. Mas do jeito que a vida anda - triste, solitária e vazia -, já não encontrei outros caminhos para trilhar. Apenas aquele que suporta eu e minha solitária existência. 

De que vale toda a beleza do mundo quando a mais bela não pertence ao mesmo lugar que você?

Quando eu menos esperei, não encontrei mais nada do que queria viver. Os dias escureceram e eu já não tenho mais o que ser. Se fico, me sufoco; se vou, me enterro. Até parece que não há mais soluções disponíveis por aí. Ou eu me adapto com o que tenho em mãos, ou já não há mais porquê me manter nesse pensamento que resolvi me confinar.

Quem dera se um dia eu aprendesse tudo aquilo que você quis me ensinar. Talvez estivesse vagando por aí em busca de um objetivo concreto qualquer - e com um baita de um sorriso estampado no rosto. Pudera eu um dia reviver todos os momentos bons pelo mundão afora. Quisera eu poder dormir quando o sol vai-se embora.

Se tudo nessa vida passa, por que o meu amor hostilizado por uma pessoa qualquer também não há de passar?

Quando for ver,
já foi.

20 de janeiro de 2014

Até mais (e obrigado pelo quase tudo)

Não é que eu não queira mais a sua presença perto de mim. Não, longe disso! Eu só percebi que não estamos mais na mesma sintonia, entende? Sabe todos aqueles filmes separados na parte direita da prateleira? Cara, você me disse que eles seriam assistidos por nós três: eu, você e o escuro convidativo da nossa sala de estar. Tudo bem, eu até consigo entender que tudo aconteceu rápido demais, intenso demais. Mas acho que isso não justifica o fato de ter os planos que sempre sonhei não importando mais para você. 

A gente era muito bom juntos e isso você não pode e nem deve negar. Foram meses realmente muito bem vividos por mim. Te agradeço por isso, viu? Mas to dispensando os insultos inacabáveis que você proferiu sobre mim na última noite. Como eu sei? Bom, eu ainda possuo alguns amigos em comum com você. Surpresa? Espera mais um pouco então, ainda tenho muita coisa entalada aqui nessa garganta inflamada de putrefação vinda da boca que um dia tanto amei.

Esse meu peito meio enferrujado recebeu, um dia, um dos mais sinceros sentimentos existentes no mundo. Era algo que te deixava atônito, coisas assim são raras de acontecer. Fique feliz quando digo que quem proporcionou isso foi você. Mas olha só, quem dera fosse amor. Daqueles tipo de cinema. Piegas, eu sei. Mas que atire a primeira pedra quem nunca quis um amor desses de te arrancar o fôlego apenas ao ouvir um nome. Ou uma música. Ou, sei lá, qualquer coisa. Mas era respeito. Ao menos isso você conseguiu ter por mim. Puxa, bacana.

Mas aí os dias foram passando e você foi ficando cada vez mais estranha. Vinha com uns papos de querer viajar e curtir a vida. Sequer me convidava. Aquilo me insultava de certa forma. Aprenda uma coisa: quando se está com alguém, normalmente a gente não pensa mais daquela forma egoísta que estávamos acostumados. A gente fica junto e discute o futuro, nem que seja por um breve momento. Nunca gostei daqueles casais que ficam vinte-e-quatro horas grudados um no outro. Mas a distância que havia entre nós também não me agradava.

Hoje se paro pra pensar em tudo o que você significou pra mim, apenas uma palavra me vem a mente: passado. Por um tempo quis ser o seu futuro, acho que você não aceitou isso muito bem. Fez um drama do tamanho do mundo, gritando em meus ouvidos o que você mesma jamais quis ouvir. Tá de parabéns, hein?! Mas hoje fica assim: você aí, eu aqui, tá tudo bem. Meu futuro já planejei e o passado eu to deixando pra trás. Aliás, to deixando você junto.

Dizem que tudo que um dia começa, um dia também acaba. Agora consigo entender o significado disso. Um dia a gente tava junto, morando sob o mesmo teto, dividindo a mesma cama. Hoje não estamos mais. Ok. Mas entenda uma coisa: nada, eu disse nada, irá apagar da minha falha memória o momento lindo que vivemos juntos. E digo mais: você sempre estará guardada em algum canto bom desse velho coração. E repito mais uma vez: não é que eu não queira mais a sua presença perto de mim. Eu só percebi que não estamos mais na mesma sintonia.

Entende?

16 de janeiro de 2014

E se for pra ser especial, vai ser

Clara sempre foi meio estranha. Tinha tudo o que uma garota de 17 anos gostaria de ter: uma vida relativamente boa, amigos por toda parte, roupas para dar e vender e todos os tipos de aparelhos eletrônicos de última geração que se possa imaginar. Até aí tudo bem, não era exatamente disso que Clara vivia reclamando. Na verdade, nem ela sabia direito o que lhe faltava.

Certo dia, num desses em que qualquer adolescente gostaria de não ser incomodado, sua mãe entrou em seu quarto de repente, assim, de supetão. E, na maior alegria, anunciou:

– Arrume uma mala, estamos indo visitar a sua vó.
– Mas O QUE? Que diab... eu não vou! Mãe, pelo amor de Deus, você sabe onde a vovó mora? Pois é, nem eu. E sabe por quê? Porque ela mora NO MEIO DO MATO! Ui, só de imaginar...
– Só arrume suas coisas, Clara. Você vai. Ponto final.
– Eu já disse que não v... MÃE, VOLTE AQUI! NÃO ME DEIXE FALANDO SOZINHA! saco.

De cara amarrada, a menina separou seu iPad, iPod, iPhone e todos os ai possíveis. Não podia esquecer de nada, ai-meu-deus se esquecesse. Só depois de verificar se já estava tudo em seu devido lugar, Clara se concentrou nas roupas. Vestidos saias blusinhas top tênis (não, tênis não) sandálias sapatilhas o-raio-que-o-parta. O que se usa no meio do mato?, pensou. Foco. Pegou calcinhas, sutiãs, lingeries mais, hum, calientes. Clara era, definitivamente, precavida e isso ninguém podia negar.

Desceu as escadas e foi direto para o carro.

– Vamos! Antes que eu desista, porque sabe...
– Me dá um tempo! – reprimiu a mãe.

Em todo o trajeto não tirou os fones do ouvido. Estava ouvindo um tipo de rock melodramático e pesado, porque precisava expressar a sua raiva e indignação, por-favor-né. Após duas horas e meia de tortura viagem, chegaram na casa da vovó Lurdes. Clara adorava a sua vó, só não aprovava onde ela resolveu morar de uns anos pra cá.

– Vovó! – disse a menina com um sorriso no rosto.
– Olá, Clara. Como tem passado?
– Bem e a senhora? – a essa altura, ela já tinha largado sua mala em algum canto qualquer da casa.
– Estou bem, filha. Mas, olha só, vocês chegaram cedo demais, não me deixando terminar nem o jantar direito. Então leve esse seu corpinho pra passear e só volte daqui umas duas horas.
– Mas HEIN?! – e, ao ver o olhar de reprovação de sua mãe, saiu voando dali.

Clara não sabia direito o que fazer. Não conhecia sequer o lugar que estava. Pensou em dar uma andada pela vizinhança, mas e se não conseguisse achar o caminho de volta? Que se dane!, e foi. Andou andou andou - e tudo o que via eram árvores - até que avistou uma pracinha com uns bancos e umas pessoas caipiras simpáticas por ali. Resolveu se juntar a elas.

Sentou-se em um lugar vago e ficou a observar a vida "agitada" daquelas pessoas. Entediada do nada, puxou o celular do bolso.

– Você não vai conseguir fazer nada com esse aparelho aí não, viu. Não tem sinal por essas bandas aqui.
– Mas quem é você? E de onde você surgiu?
– Ah, permita-me. Meu nome é Gustavo, senhorita. Moro a dois quarteirões daqui e...
– Que seja! – e levantou. Andou alguns passos e sentiu uma leve cutucada no ombro. – Mas que diabo, o que você quer comigo, garoto?
– Já está tarde, não é bom uma moça tão bonita andar por aí desacompanhada.
– Mas ainda está de dia! Que horas são? – pegou o celular e constatou que já passava das oito (ai-meu-deus). – Ok, você pode me acompanhar.
– Ok.

Os dois foram andando lado a lado, porém se trocaram meia dúzia de palavras foi muito. Gustavo queria puxar assunto, mas de cara percebeu que a menina era meio estranha. Nem se apresentar se apresentou. Resolveu arriscar.

– Qual o seu nome?
– Clara. Me desculpe se fui meio rude, é que eu não gosto de vir pra cá. Mas minha vó mora aqui e aí sabe como é.
– Engraçado, nunca te vi na cidade antes. Você deve ser bem o tipo de garota-mimada-da-cidade cheia de não-me-toques.
– É, você meio que acertou. – respondeu em meio a um sorriso.

Conversaram mais um pouco. Conversaram sobre tudo. Gustavo tinha 19 anos e cursava Medicina. Disse que o sistema de saúde da cidade era precário e que queria mudar o quadro. Bonitinho. Quando Clara, enfim, se soltou e falava mais e mais, o garoto a puxou pra mais perto.

– Mas o que é is...
– Shhh! Escute!
– Escutar o que? Só escuto barulho.
– Coachos.
– O que?
– São coachos e não barulho. Barulho é quando voCÊ INCOMODA OS OUTROS E...
– Shhh! – diz Clara, rindo, enquanto tampa a boca do garoto. – Me diz, o que tem de tão legal no som dos sapos?
– Nada de especial. Só sou acostumado a ficar ouvindo isso quando estou deitado, prestes a dormir. Até parece um fundo musical para os meus pensamentos, sabe como?
– Humm!
– Pode parecer bobo pra vocês, reles-mortais-da-cidade.
– Nem um pouco! – rebate Clara debochada. – Preciso ir agora. Obrigada por ter me acompanhado e...
– Pelos coachos? – perguntou Gustavo.
– É, pode ser, talvez. A gente se vê. – e, pela última vez, Clara acenou para o menino antes de seguir seu caminho de volta.

Ao chegar em casa, a mesa já estava posta. Surpreendeu-se ao perceber que realmente estava com fome. Jantou tão rápido, a ponto de ter a atenção chamada. Nem ligou. Quando terminou, foi saindo o mais rápido que pode da mesa.

– Onde vai com tanta pressa assim? – perguntou a mãe.
– Coachos.
– Acho que eu não entendi.
– Nada, mãe. Vou me deitar apenas, tá? Boa noite!

Boa noite, Clara, boa noite...

14 de janeiro de 2014

Pode contar comigo, desde que seja para nada

Nada justifica uma atitude errada. Não adianta disfarçar, todo mundo reparou no jeito que você falava. O desdém é uma coisa feia, sabia? O centro das atenções nunca foi você, assim como o meu mundo nunca girou em torno do seu. Cada um com seu cada qual, admito que nada tenho a ver com a sua postura de dona-do-mundo. Eu só me senti na obrigação de dizer certas palavras.

Te conheço durante toda a minha vida, sei bem do seu jeito, das suas qualidades e defeitos. Nada é impossível quando você não quer que seja. Talvez eu seja seu admirador mais fiel no quesito persistência. Aprendi a lidar de outras maneiras tudo aquilo que me impedia de ser o que eu realmente era apenas observando você. Não posso dizer que você não me ensinou algo, pois seria mentira. Na leveza de seus olhos, aprendi a olhar em frente e sempre seguir meus passos da melhor maneira possível. Mas não pense que estarei aqui por você como estive todas as outras vezes.

O quanto você brincou com meus sentimentos só eu sei, ninguém mais. Não adianta mais chorar desesperada quando eu te disser novamente que acabou. As coisas são assim, em um dia começam para que no outro acabem. Instáveis são seus abraços pela manhã chuvosa, nebulosa, talvez cabulosa, que você me dá de um jeito meio estranho. Nunca te pedi nada além de respeito. E isso, infelizmente, voou com a brisa do mar que nos trouxe até aqui.

A vida é um eterno vai-e-vem, nem tudo o que se quer é conquistado. Não da forma que você está acostumada a jogar. Play the game nunca foi um lema para mim! Tudo o que tenho como objetivo trato com muito carinho, porque, ao contrário de você, não sei o que estará me esperando na minha volta para casa. Pode ser o tudo, mas também pode ser o nada. Já se imaginou chegando no seu mundinho inferior e não ter onde descansar? Já se imaginou sem um único lugar para se apoiar quando sentir o seu mundo ruir? Pois imagine. 

Não é fácil, eu sei. Mas saiba que todo mundo consegue passar por coisas do tipo. Se eu consegui, você também vai. 
Afinal, o que te difere tanto assim de mim?

4 de janeiro de 2014

Felicidade gratuita

Hoje eu não quero me preocupar com nada. Não quero problemas, muito menos complicações. O dia pode até ter nascido meio nublado, mas quem foi que disse que isso irá me impedir de colocar um sorriso no rosto e cair nesse mundão afora? A vida nos proporciona tantas coisas e a gente sequer dá o devido valor à elas. 

As melhores coisas são derivadas de pequenos acontecimentos.

Há tantas pessoas a serem conhecidas por aí. Tantos sorrisos a serem dados, tantos braços para serem abraçados, tantas palavras para serem ditas. Há, ainda, tantas músicas a serem ouvidas e tantas vidas a serem vividas. Só que para isso a boa vontade precisa estar em primeiro lugar. O amor próprio também. Não basta apenas planejar algo bom a ser feito, é preciso colocar em prática tudo aquilo de bom que já foi planejado.

Prometi a mim mesma que iria reclamar menos e fazer mais daqui pra frente. Dizem por aí que as coisas boas vem até nós se formos em busca delas. E por que deixar pra viver amanhã aquilo que posso viver hoje mesmo, não é? Nada do que uma água no rosto e uma mochila nas costas não possam resolver! Confesso que as expectativas estão acima do que deveriam, mas tudo bem, irei aproveitar cada momento como se não houvesse outros iguais aquele. E na verdade, não haverá.

É preciso aprender que nada acontece por acaso. Cada fato acontece exatamente quando e como deve acontecer. Nem sempre será como você imaginou, às vezes pode até ser melhor. Já pensou por essa perspectiva? Por que sempre esperar pelo pior quando, na verdade, tudo o que pode te acontecer é apenas o que já estava pré-determinado?

Ver o lado bom das coisas é a chave para a felicidade.

Larguei tudo, deixei o passado para trás, olhei pra frente e encarei o futuro. Nunca se sabe o que há por vir, mas eu to pronta pra qualquer coisa. Eu to pronta pra inventar; pra me reinventar.

Hoje eu só quero é ser feliz.

2 de janeiro de 2014

E se eu errei, foi pro meu próprio bem

Trilha sonora: Na Sua Estante - Pitty ♪

Todo mundo erra. Não é algo estranho, muito menos algo que se possa controlar. O que é pra acontecer simplesmente acontece. Os erros, muitas vezes, tornam-se os nossos piores acertos. Mesmo quando eles machucam outra pessoa ou a si mesmo. Sabe todas aquelas vezes em que você ficou imaginando cenas inusitadas e que ninguém podia saber, até mesmo eu? Ou aquelas vezes em que sua boca falou mais coisa do que deveria? Lembra de quando suas atitudes arrancavam lágrimas dos olhos daquela que você amava? Pois então, em cada momento desses tudo o que eu sentia era medo. Medo de não saber mais quem era você. Medo de que você se trancasse em seus próprios pensamentos e ali permanecesse.

Eu sei que já te disse isso, mas pra mim acabou. Não quero mais te ver, não quero mais pensar em você. Vai demorar pra que isso aconteça, eu sei. Mas ter ou não você na minha vida já tá dando na mesma. Sabe aquele famoso bordão de que o problema sou eu e não você? Então, ele não se aplica em nosso caso, porque o problema é você mesmo. Caso você não consiga se manter de pé sozinho, me mande um alô. Nunca te neguei ajuda, não vai ser agora que irei negar. Pode até parecer loucura, mas no final valerá a pena. E eu to adorando tudo isso. Digo, te ver desnorteado dessa maneira é algo inédito. Acho que pela primeira vez você está se dando conta da importância que tive (ainda tenho?) em sua vida. Só que pra mim, agora, tanto faz. E sabe por quê? É que to aproveitando cada segundo desse drama antes de você voltar a ser o que era antes.

Você vai perceber que igual a mim não existe em lugar algum. Afinal, eu te aguentei durante todos esses 3 anos. Eu te apoiei em todas as decisões que quis tomar. Eu, acima de tudo, te respeitei diante de qualquer situação, mesmo não concordando com você. Aposto que você não vai achar outra pessoa capaz de fazer um terço de tudo o que fiz por nós. Talvez ache algumas boas e vagas lembranças em alguma música que eu denominei como nossa. Mas só. Saiba que quando você mais precisar de mim, eu não estarei lá. Saiba, também, que durante todo esse tempo que estivemos juntos, você não me deu o devido valor. Taí o resultado.

A gente já passou por algo parecido um tempo atrás, mas você me disse que ia mudar. Disse que sabia que tava errado e que ia tentar melhorar por nós. Eu aceitei, por um breve momento acreditei em você. Pena que promessas foram feitas para serem quebradas. Me enganei com as suas palavras uma vez, mas também foi a única. Dessa vez não adianta você vir com desculpas ou coisas do gênero. Já te conheço o suficiente pra saber todos os seus truques. E se mesmo assim você insistir, eu vou continuar com essa postura que resolvi adotar. Agora sou eu por mim mesma. Firme, forte e de queixo erguido. Enfrentando tudo de frente.

Posso até ter meus momentos de fraqueza às vezes ou ficar com vergonha de todos esses meus atos. Não é de meu feitio ser assim. Só que eu passei tempo demais com você, acabei aprendendo a cometer os seus melhores erros também. De tanto ser manipulada, aprendi a manipular. Não gosto disso, mas preciso ser forte, porque no final você vai me procurar, vai me pedir pra voltar. E tudo o que terei pra dizer é: eu estava ali esse tempo todo. Você simplesmente não conseguiu me enxergar.

Hoje eu não quero mais você. Talvez, num dia distante, eu me arrependa de tudo isso. Talvez não. Sei que, hoje, me sinto mais livre sem ter você por perto. Se sinto a sua falta? Claro que sinto. Mas aprendi a me respeitar, aprendi a me dar valor, coisa que você nunca aprendeu. As feridas que você abriu em mim continuam aqui, só que cansei de chorar por algo que eu sei que não vai mudar nunca. A cada ferida cicatrizada, você vem e retira os pontos, fazendo com que seja reaberta. Então, basta! Uma hora toda essa falta que sinto de você vai passar. E quando você sentir, finalmente, a minha, não se dê nem o trabalho de voltar. Já vai ser tarde demais.