21 de fevereiro de 2013

Gone too soon

Oh I miss you now
I wish you could see
Just how much your memory
Will always mean to me


Hoje o dia era pra ter sido alegre. Não que ele não foi, até foi, mas era pra ter sido um pouco mais. Você faz falta. Aliás, faz muita falta. Não só pra mim, pode ter certeza. Mas eu, de uns tempos pra cá, venho sentindo demais a sua falta. Eu não sei se é normal. Talvez a minha ficha esteja finalmente caindo de que eu nunca mais irei te ver. Quer dizer, eu sei que um dia eu vou, mas espero que demore.

Você não tem noção de como é bom relembrar todas as coisas que vivemos. E olhe que só estou nos meus singelos 20 anos. Fico imaginando quanta história boa rolou com aqueles que conviveram bem mais tempo com você. Quantas risadas não rolaram... Sabia que eu aprendi a sorrir mais? Pois é, as coisas mudam. Acho que você teria orgulho de mim, tá todo mundo tendo. Cara, como eu sinto sua falta!

É legal ver o quanto as pessoas tem a dizer sobre você. E acredite, não tem nada de ruim. Até porque, pra você, tempo ruim sequer existia. Então por que existiria hoje, não é mesmo? Me lembro da última vez que nos vimos. Você tava bem, tava feliz em me ver. E, eu, mais ainda. Aprendi a levar a sério o que todo mundo dizia.. aquele lance de que, no final, só a família estaria ali pra e por você. Já levei algumas na cara, mas eu to aqui, persistente. Me espelhei em você, porque se tem uma pessoa que nunca desistiu do que quis, com certeza essa pessoa foi você. 

Então, muito obrigada. Pelos sorrisos. Pelos abraços. Pelas cantorias. Acredite, eu aprendi a cantar algumas só pra me sentir mais próxima de ti. Tá, não aprendi, mas sei o refrão, acho que é alguma coisa. Enfim, continuando. Obrigada pela força de vontade. Pela ajuda. Pelas palavras. Pelos carinhos. Pelo exemplo de vida que você foi. Eu, hoje, se pudesse escolher uma coisa pra fazer contigo, caso eu tivesse mais um dia com você, eu pediria pra jogar aquela partida de tranca que eu não quis uns anos atrás. E eu deixaria você ganhar. Só pra ouvir, mais uma vez, você falando: "Hoje você vai precisar dormir de cobertor, catifunda".

Texto em homenagem a: meu vô. ♥
(† 2007)

7 de fevereiro de 2013

Um dia

Tentei. Por Deus, como tentei. Acontece que a sombra do meu passado ainda continua no mesmo lugar, impedindo que eu siga em frente. Eu vou, corro atrás, insisto, persisto, faço das tripas coração, mas nada dá certo. Vai ver que é porque foram colocadas muitas vírgulas, mas nenhum ponto final. Já passou da hora dessa história terminar. Vai ver que o culpado disso tudo sou eu. Sempre fui eu. Sempre será eu. Àqueles que foram prejudicados, peço desculpas. A bem da verdade é que isso já não tem mais a ver com os outros e, sim, comigo.

O mundo gira, as pessoas mudam, o sentimento morre e a dor.. bom, a dor permanece. E enquanto nós eu não der um jeito nisso, não tem como permanecer. Permanecer em uma mentira, permanecer do jeito errado. Tá pra nascer o dia em que eu, a pessoa mais insensível e sem coração que conheço, irá acertar em alguma coisa. Digo, sem machucar os outros, sem iludir os outros, sem... bom, acho que vocês entenderam.

A questão é que to encarando de frente, talvez pela primeira vez, o tamanho do meu fracasso. Se eu conseguisse, ao menos, canalizar essa potência em algo bom, cara, o que não sairia, hein? Não sei quanto vou ganhar ou se irei ganhar algo por fazer isso. Mas é necessário. Já tá mais do que na hora de pensar um pouco no futuro, de parar de tentar ser o que jamais serei. Eu nunca fui legal. Não é agora que isso vai mudar. Acho que me dou melhor no papel de pessoa derrotada, de pessoa sem amigos, de pessoa sonhadora. Porque é isso que eu sou. Mas talvez eu sonhe alto demais, acabando por aterrissar em alguém que só queira compartilhar comigo esses sonhos.

E eu não vejo.

Talvez um dia eu volte a ser aquele que fui. Ou finalmente me deixe levar pela minha verdadeira face. Minha verdadeira vontade. Minha verdadeira forma de viver. Não quero saber de julgamentos, isso eu mesmo já faço. Talvez um dia eu dê o devido valor àqueles que tanto me ajudaram e eu não percebi. 

Talvez.

Um dia.