15 de junho de 2013

18 em 3

Direitos
O povo acordou. Brasil se movimentou.

Criatividade
Passou, olhou, sorriu e foi embora.

Amor
Idealizou. Quando finalmente viu, se decepcionou.

9 de junho de 2013

Sobre tudo o que quis dizer um dia e não consegui

Certas coisas a gente não consegue esconder. Muito menos prever. Elas simplesmente acontecem. E, meu amigo, vou te dizer, é complicado. Sabe todas aquelas vezes em que você tentou fazer algo diferente e que valesse a pena? Me diz... valeu? Porque, assim, eu preciso saber. Me coloquei numa situação e confesso que já não sei mais como sair dela. Tantas vezes me peguei imaginando diversos acontecimentos... O problema é que nada saiu disso, ficou tudo apenas na imaginação.

Por tanto tempo quis botar isso pra fora, sabe? Me desculpa se to te enchendo, mas é que você estava aí, parado. Talvez na hora errada e no lugar errado. Se quiser sair, tudo bem. Aproveita enquanto há tempo. Mas olha, só uma coisa, a cerveja ainda não acabou e a festa mal começou.

Tá vendo aquela pequena ali? Fiquei com ela por um bom tempo. Tá, talvez não seja tanto tempo assim, mas sabe aqueles tipos de relacionamentos que, se parar para pensar em tudo, dá um belo de um livro? Então, a nossa história foi mais ou menos assim. Não vou ficar aqui contando tudo, vai que um dia eu resolva colocar tudo no papel mesmo. Seria legal.

Ah. Devaneios. Acontece.

Voltando. Ela me deixou. Não sei o motivo até hoje. Quer dizer, ela falou qualquer coisa sobre eu não levar a vida muito a sério. Ou será que foi algo sobre ela querer alguém mais sério? Não sei. Bom, independente de qual seja, prefiro não acreditar. Sabe como é, prefiro ter em minha mente que ela ainda vai voltar pra mim um dia.

O que? É, eu vi. Ela tá dando maior mole pro rapaz ali. Mas sabe o que vai acontecer? É, é, eu também não sei. Mas escuta só. Eles vão dar uns amassos e pronto. Química. Nada mais. (Ou vão ser o amor um da vida do outro e ainda vão me mandar o convite do casamento. Prefiro a primeira opção.)

Sim, eu estou bem. É só que... deixa pra lá. Não vale a pena. Aliás, não sei se algo que fiz na minha vida inteira valeu a pena. A verdade é que eu quase desisti. Juro que pensei em jogar tudo pro alto e tentar ser um outro alguém em algum lugar muito longe daqui. Eu queria ficar longe de mim, sabe como? Mas uma coisa eu aprendi: não importa onde você está, nossos atos e falhas sempre vão ficar. Esculpidos em meio a inocência da humanidade, onde nada mais poderá alterar ou ser alterado.

Já me disseram que tenho um ar meio solitário. Pois bem, aprendi a conviver com a minha solidão. Não é nada demais, na pior das hipóteses, ela se torna uma espécie de companhia. E quer saber? Eu não me importo.

Você tem um cigarro aí, por acaso? Ótimo. Toda essa conversa me deixou nervoso. De qualquer forma, obrigado pelo seu tempo e pela sua paciência. Um dia a gente se esbarra por aí.

Em outra festa qualquer de uma cidade não muito explorada.