28 de julho de 2011

Cicatriz

Se me perguntassem, não saberia responder sobre o que se passa aqui dentro. Talvez eu dissesse que é algo  muito louco. Algo bom, que motiva e fortalece. Algo que só uma pessoa seria capaz de despertar.

A procura do alguém certo é comum a todos. Afinal, quem não quer amar e ser amado, não é mesmo? É natural você se dedicar totalmente à uma pessoa que te faz bem. E não só isso. Normalmente essa pessoa te faz se sentir único. Ela te faz acreditar no melhor.

Dizem que anjos só existem se acreditar neles. Confesso que só comecei a acreditar no momento em que conheci o meu alguém. Era certo que depois de inúmeras tentativas, a minha vez chegaria. E quando chegou, não poderia ter sido em hora melhor. Abrindo-me os olhos para algo que tanto evitava, o meu anjo me mostrou um novo amor. (O nosso amor).

Quando me dei conta, meu coração já estava em suas mãos. "Toma, ele agora é seu. Cuide bem dele". A partir daquele momento, em que ele começara a pertencer-te, você o pegou com as duas mãos e avisou de que agora ele tinha dona. E então, finalmente tudo o que sempre quis estava ao meu lado. Um amor e um coração restituído. E uma cicatriz. Profunda e irreparável, feita sem permissão, mas também sem receio.

Mal sabia você que você mesma foi a autora. A autora da cicatriz que levou o seu nome. O seu nome no meu coração.

23 de julho de 2011

O diário de um fracasso, pt. 3

Quantas vezes o improvável já aconteceu com você? Se não se importa, gostaria de lhe mostrar.

A primeira vez é sempre a mais cruel. Tudo acontece quando você menos espera. A dor vem, atropela, dilacera e vai embora. Os vestígios que ela deixa só irão aparecer depois de dias. Ou quem sabe meses. Talvez até anos.

Na segunda vez, a gente pensa que está preparado para encarar tudo de frente. Mas não está. O "tudo" que ocorreu na primeira vez, torna a repetir. Com um pequeno detalhe: ele é mais devastador. Não importa onde ou como você está, ele entra e te destrói.

Terceira vez. Você torce pra que seja a última. Já começa até a pensar no que fez para chegar nesse ponto, novamente. De repente, ela vem. Uma dor nunca antes sentida te domina e faz de ti o que ela bem entender. Você tenta de todas as formas livrar-se dela, mas não consegue. Ela continua ali, intacta, te imobilizando e mostrando toda a sua frustração diante dos seus olhos.

E então chega um momento em que viver está cada vez mais difícil. Desistir é sempre mais fácil e rápido. Ao menos assim a dor vai embora. E com ela, você também vai.


O nosso fracasso é a gente quem faz.

4 de julho de 2011

Até o fim

Quantas chances são necessárias para se dar conta de que este não é o caminho certo? Quantas vezes é preciso cair para que possa se re-erguer de uma forma mais madura?  Quantos tapas a vida precisa te dar para que tu perceba que quem faz toda a diferença é tu, somente? Perceba: TU.

Coisas ruins sempre acontecem. Constantemente. As boas, a gente faz acontecer. A gente vai, corre atrás, se arrisca. Me diz, de que vale uma vida sem riscos? Se não tentar, quem garante que vai acontecer? Se tu tem um objetivo, por mais pessoal e íntimo que ele seja, lute por ele.

Todas as lutas possuem dois lados: o que ganha e o que perde. Garanto que tu não quer perder. Ninguém quer. Ninguém quer perder mais "amigos", ninguém quer perder a confiança que lhe é depositada. O que mais falta para ser perdido? Tua dignidade? Não!

Então vá, enfrente tudo aquilo que um dia disse que tu não era capaz. Mostre a garra de que tu é feito. Mostre que tu veio para ficar (e modificar). Certifique-se que os meios que tu irá usufruir são seguros. Arrisque. Faça acontecer. Conquiste tudo aquilo que almeja. Chegue onde tu sempre sonhou chegar. E quando chegar, não esqueça de agradecer aqueles que te apoiaram desde o início. Para os outros, tu sabe, uma palavra basta.


Venci.