23 de maio de 2016

Deixei de te amar pra me amar um pouquinho mais


Por um tempo achei que nunca mais fosse te esquecer, sabe? Achei que você tinha entrado em minha vida pra fazer um daqueles estragos bons, mas só achei mesmo. O estrago você até fez, mas só isso. Você veio, entrou, tomou conta, fez bagunça e se foi. E foi pra nunca mais voltar.

Chorei por dias e noites por sua causa, se alguém pudesse se desidratar de tanto chorar, com certeza seria isso que ia me acontecer. Mas, veja bem, não aconteceu. É claro que continuei te acompanhando pelo Facebook, quando não pelo teu avatar do WhatsApp, mas parece que já faz tanto tempo que fiz isso que nem sei nais se foi nessa vida.

Tem gente que fala que se um amor não aconteceu agora, talvez aconteça em outra encarnação. Mas tem gente que também fala que se não aconteceu, é porque não era pra acontecer mesmo. Tem alguma dúvida ainda de qual grupo faço parte? Sei que esse nosso término de algo que nunca começou me devastou. Cheguei a pensar que meu coração tinha sido arrancado do peito e transferido para outro, pois um vazio enorme tomou conta de mim. Meu peito estava tão vazio que nem os ecos conseguiram permanecer nele.

E assim foi por dias e dias, eu acordava e não sabia mais o que fazer. Não sabia se me lamentava um pouco mais ou se me levantava da cama e ia encarar de uma vez o mundo que estava lá fora. E se você me conhece bem, com certeza já sabe o que acabei escolhendo, né? Pois bem, levantei daquele repouso conturbado (irônico, hum?!), vesti meu melhor sorriso e parti.

Não olhei pra trás nem por um momento, encarei o futuro da maneira que tinha que ser: de frente. Deixei a sua lembrança pra trás e comecei a prestar atenção em tudo aquilo que já me rodeava há tempos. Eu vi cores, pássaros, alegrias, eu vi uma vida além de você. Eu consegui enxergar o meu verdadeiro valor sem você. Nunca quis acreditar naquele clichê de que "eu já vivia antes de você e vou continuar vivendo depois de você". Mas olha aí, não tive outra opção a não ser acreditar.

Eu finalmente consegui te deixar de lado pra andar ao lado meu. Eu consegui te enxergar de longe e perceber que você nunca foi tudo aquilo que idealizei. Eu consegui deixar de te amar pra me amar um pouquinho mais. Eu consegui me afastar do que me prendia pra viver um pouco mais solta do jeito que sempre mereci.

Hoje vivo de um jeito feliz, livre e dependente apenas do que me faz bem. Que, nesse caso, sou eu e não você.

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14 de maio de 2016

Tudo isso e nada mais


Hoje eu lembrei de você. Não porque quis ou porque senti saudade. Não. Lembrei por lembrar. Por ter aproveitado aquele laço que criamos há alguns meses e que simplesmente se desfez. Lembrei porque, de certa forma, você mudou o meu jeito de pensar, de ser e de agir. Talvez você nem saiba disso, mas enfim, é isso aí.

A forma como nos conhecemos foi meio desastrosa, coincidente. Talvez a gente tinha que ter se trombado mesmo, tinha que ter conversado o que conversamos, experenciado o que experenciamos. Não tenho vergonha alguma em dizer que gostei de você e também, assim como a música, que eu amei te ver. 

Nunca tive muitos amigos e pro momento que tava passando, você chegou numa profundidade em meu ser que ninguém mais conseguiu chegar. Mas pelo visto não foi tão profundo quanto achei, já que na primeira oportunidade você foi se afastando aos poucos até se afastar de vez. Não te culpo, longe disso. A culpada sou eu que sempre fui meio carente de atenção. E te peço desculpas por isso, mas isso eu não tenho como mudar, é algo que já faz parte de mim.

É engraçado como tudo na vida é feito de momentos, né? O nosso, por exemplo, já passou. E guardo com um pouco de carinho. Um pouco porque ainda não digeri por inteiro essa sua ausência. Faz falta alguém pra te perguntar se tá tudo bem ou como que foi teu dia. Faz falta aquela rotina de conversas incessantes e assuntos finitos. Finitos sim, porque se fossem infinitos você estaria até hoje me contando sobre a sua vida, dia após dia, e não em espasmos repentinos que surgem "na telha" em você.

Prometi a mim mesma não mais correr atrás. Deixei de te acompanhar nas inúmeras redes sociais, afinal, longe dos olhos, longe do coração. Falando nele, resolvi acalmá-lo, deixei de criar expectativas demais pra gente de menos. Deixei ele naquela gaveta empoeirada da estante e só vou tirá-lo de lá quando me sentir preparada. E olha, pelo visto não estou.

Isso aqui não é uma despedida, tampouco uma lamentação por não ter você mais aqui - até porque nunca te tive. Isso aqui é um encerramento. Da fase antiga pra fase atual, da bobinha apaixonada, digamos assim, pra realista ao perceber que nem sempre as coisas são como a gente quer. As coisas são como são.

Torço por ti, torço mesmo. Espero que você alcance todos os seus objetivos, porque acredite, você é capaz. E eu também sou, inclusive estou sendo. Esse não é um texto ficcional, longe disso, está mais pra texto emocional ou expositivo. Tanto faz, o que eu quero deixar explícito é que talvez eu tenha te dado bem mais valor do que um dia você me deu. E eu, mais do que qualquer pessoa, deveria saber que as pessoas não são iguais, que elas não se importam tanto quanto você, que elas não te acham uma grande coisa assim. 

Você é só mais uma pessoa dentre tantas outras, tudo isso e nada mais.

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