25 de dezembro de 2012

That's a new life

Tenho mania de colocar em uma balança todos os meus ganhos e perdas que obtive durante o ano, confesso. Sabe, pra ver se ele valeu a pena. Só que meu maior problema é sempre analisar demais os acontecimentos ruins e meio que deixar de lado os bons. É errado, eu sei. Mas vou fazer o que se, sempre que coloco confiança, tudo acaba?

Nesse ano que - quase - se encerra, perdi amizades; perdi amores. Mas aí, eu fico pensando: era tudo aquilo mesmo? Digo, tudo que é de verdade não se acaba. Por mais que seja difícil e complicado, não acaba. Talvez as minhas relações tenham sido construídas rápidas demais, frágeis demais. Não era pra ser assim. Mas foi.

Quero deixar pra trás tudo isso que me faz mal. Seja em qual intensidade for. Se dói, não é saudável. Dessa forma, despeço-me de lembranças e momentos; ligações e mensagens perdidas; número do seu celular e a sua voz que insiste em me visitar cada noite em que acha uma brecha. Despeço-me da solidão. Sinto muito, mas minha meta para o ano que se aproxima é a de ser melhor. E você não me ajuda, você sabe.

Espero que tudo dê certo dessa vez. Para mim, para você. Eu vou em busca da minha felicidade. Mas fica tranquila, vai ficar tudo bem. Aliás, é a primeira vez no ano que realmente me sinto livre. Sendo assim, meu rumo acabou de mudar. Um adeus para você, quem sabe a gente se encontre nesses caminhos tortos que a vida nos dá. Um dia.

20 de dezembro de 2012

Depois de amanhã

Legal seria se, nesse último dia de nossa existência, as coisas pudessem ser do nosso jeito. O tempo passaria mais devagar, as pessoas seriam menos frias, o sentimento mais verdadeiro e a dor amenizaria. Legal seria se eu pudesse ter a oportunidade de falar tudo aquilo que já guardei dentro desse coração meio de pedra, meio de gelo. Legal seria, também, ter você aqui do lado, nem que fosse apenas nesse último dia.

Engraçado como a gente se pega pensando no improvável. Por um momento, tudo parece perfeito. A pessoa mudou, o amor voltou e a paixão revigorou. Ah, vale ressaltar também que até o sol resolveu dar uma aparecida novamente. Só pra te dar aquela motivada, você sabe. Só que, de repente, você se lembra que o momento em que se encontra é de plena escuridão. As nuvens estão tão carregadas que te impedem de continuar voando na direção que queria. Ao choque de duas substâncias que já não possuem um elo de ligação, surge o atrito.

Mas seria legal se a gente desse mais uma volta, você nesse seu jeito quietinho e eu no meu desengonçado. Seria legal te apresentar o mundo que imaginei pra nós dois e te dar nem que fosse um último beijo. E dizer que, se dependesse de mim, esse mundo não acabaria. Nunca mais. Cresceríamos juntos na base que tomamos para viver. Somos dois, mas somos um. Ou éramos. Calma, já mencionei que isso aqui não passa de uma utopia? Na verdade, o mundo pode acabar daqui quinze, dez ou cinco minutos. Tanto faz. O meu já acabou. Tem tempo.

Mas seria legal se existisse um dia depois de amanhã. Pra recomeçar.

13 de dezembro de 2012

Tempo de guerra, tempo de paz

Sem saber direito se certas coisas são predestinadas a acontecer, caminho seriamente o meu destino traçado dia após dia. Acontecimentos fortes podem bater de frente contigo, mas para tudo há uma solução. São meses de preparação para conseguir, finalmente, caminhar com suas próprias pernas. Não vai ser de uma hora pra outra que tudo estará encaixado em seu devido lugar. Não.

Certos momentos teus podem ser fundamentais, mas também cruciais. O ideal a se fazer é não baixar a cabeça, não deixar se abalar. Pode ser difícil no começo, mas uma hora tudo há de mudar. Com garra e perseverança, a luta é diária e incessante. Os guerreiros somos nós e aqueles que estão com a gente que deem um passo a frente.

A vida é curta e só está permitido se arrepender daquilo que não fez. Caso contrário, nada feito. Tudo tem um propósito e se não foi bem como o planejado - ou esperado -, tudo bem, novas oportunidades surgirão. Com a mesma sede de vencer, continuo caminhando. Uma hora eu acho o que melhor me convir e é lá mesmo que, provavelmente, irei me instalar. Sem cair na rotina, procurando sempre renovar. Os ares. Os amores.

Dias melhores estão por vir.

12 de dezembro de 2012

Fim, pt. 2

A: Alô?!

B: Acabou.

A: O que?

B: A gente.

A: O que tem a gente?

B: Você sabe. Esse lance, eu e você.

A: Não to sabendo de nada.

B: Ah!

...Silêncio.

B: Mas então.

A: Hm.

B: Acabou..né?

A: Olha, eu não to sabendo de nada. Se acabou pra você, acabou pra mim. Simples.

B: Tudo bem.

A: E vê se me faz um favor: não me procura mais. Me deixa respirar, finge que eu nunca existi. Não sei.

B: Tudo bem.

A: Mais uma coisa, deleta meu número.

B: Pra que?

A: É mais fácil.

B: Pra mim? Ou pra você?

A: Tanto faz.

B: Ah. Bom, ainda bem que acabou. E já sei o que você vai dizer: "eu não to sabendo de nada, blábláblá etecétera". Mas olha, escuta uma coisa. Foi bom, né? Digo, não ter nem começado com isso de eu e você. Não iria dar certo. E não fala nada não, você sabe que é tudo verdade. Era você que sempre me dizia pra mudar os caminhos, os planos. A vida segue, o mundo tá logo ali. Então, mudei. Mudei o caminho.

A: Sendo assim... Te desejo sorte nessa tua nova etapa. E felicidades. Você sabe, eu sempre te quis bem.

B: Sei. Mas oh, fica tranquila. Sabe esse meu novo caminho? Então, ele já não cruza mais com o seu. Eu vou ficar bem. Te cuida.

...tu tu tu!

10 de dezembro de 2012

Te vejo depois

Há uns dias venho pensando no que escrever e como escrever. Não existem mais palavras que possam descrever o que se passa dentro desse peito vazio. É uma mistura de sentimentos incessante, que sempre me deixa um pouco mais confusa do que já costumo ser. Fico aqui pensando se, por acaso, não te atormenta essa ideia de que você se tornou justo aquilo que eu mais temia; aquilo que você me prometeu nunca ser.

É claro que se me perguntarem agora o que eu quero, iria dizer "que se foda!". É até natural as pessoas tentarem se livrar do que as fazem mal. Mas, depois, eu lembraria de tudo o que vivemos. Das nossas conversas mais sinceras e mensagens perdidas numa madrugada qualquer. Pode-se dizer que tivemos uma história surreal, onde vivíamos em um mundo que era só nosso e os outros eram apenas os outros. A solidão não tinha vez e o tal do amor se apoderou de nós de uma forma saudável...

...até você me apunhalar pelas costas.

Você se afastou, simplesmente abandonou quem mais te queria bem. Resolveu dar um basta sem sequer saber a minha opinião sobre. Dói demais em saber que, hoje, nada mais somos além de estranhos. Dói demais saber que pra nos te esquecer eu terei que arranjar um substituto. E dói demais saber que ninguém que eu escolha será como você.

O coração às vezes prega umas peças que nos custa a acreditar. Quem um dia imaginou que eu, a menina do coração de pedra, iria estar aqui, mais uma vez, escrevendo palavras ao vento. Palavras que são escritas em um tom de desespero apelo para que você volte. Ao menos com a sua presença o vazio torna-se menor.

Sei que depois de tudo, o certo era te falar algo como "um beijo e adeus". Mas como eu vivo praticando a filosofia de insistir no errado, as únicas palavras que consigo articular são "um beijo e te vejo depois".

Na memória. Mas depois.