29 de abril de 2013

Thanks for the memories (even though they weren't so great)

Mudei a direção.

De tanto tentar sempre fazer o certo, achando que receberia o mesmo em troca, aprendi a não mais me importar. Deixa estar. Uns vão, outros vêm. E você fica aí. Parado. Sem reação. Dando a cara a tapa. Fazer o que.

Se liga. Nem todos são o que aparentam ser. Quando digo nem todos, quero dizer a maioria. Eles chegam, fazem o que querem e depois vão embora. Sem se importar com a bagunça que criaram. Eles sabem que, no fundo, a gente dá um jeitinho de arrumar. Não completamente, porque, você sabe, tem vezes que a gente bagunça tudo de novo. Sem motivo. Só porque quer.

As lembranças fazem parte do que há de pior. Lembrar dói. E ultimamente isso é o que mais incomoda. A dor. A lembrança. Você.

Você dói.

Logo eu, que já tinha deixado você de lado, resolvi trazer você pra mim de alguma forma novamente. Eu, que sei o que já não me faz mais bem, trago você de volta pra ver se tudo isso volta a ter algum sentido. Eu, que não bebo, queria um gole só pra esquecer.

Ou pra me aquecer.



...você não sabe o quão mal me fez.

11 de abril de 2013

Coleção

Sempre me perguntam se coleciono alguma coisa. Sempre respondo que não, afinal, nessas horas nunca me vem nada na cabeça. Mas parei esses dias pra analisar tudo o que a vida já me proporcionou. Dei uma murchada, é claro. Mas, ao contrário de alguns anos atrás, consegui distinguir o certo do errado; o bom do ruim. E isso já é um começo, eu acho.

Por vários caminhos eu já passei e em muitas pedras tropecei. Caí, mas também levantei. É o jogo da vida, você sabe. Ganhar ou perder. E acho que todo mundo já entendeu que eu não to aqui pra perder. Porque, sabe, já perdi muita coisa. Amigos e amores, risadas e rancores, versos e refrões.

A cada dia, uma nova batalha. A cada dia, uma nova conquista. São coisas belas o que a vida me oferece. Quero dizer, a maioria delas, pelo menos. Porque nem tudo é um mar de rosas. Nem tudo é fácil. Se tá fácil, tá errado. Sempre foi assim. Pra mim, pra você, pra nós.

Ah, o nós...

Já se passaram 2 meses, 11 dias, 48 minutos e 27 segundos desde que você cruzou aquela porta afora. E nunca mais voltou. Estranho, porque você sempre me dizia que no final tudo se ajeitava, tudo voltava ao normal e ao seu devido lugar. Ou aqui nunca foi o seu lugar, ou ainda não é o final. Espero que seja a segunda opção, por mais que eu saiba que a primeira é a mais provável.

Tudo bem. Continuo meu caminho. Não foi assim que você me ensinou? Firme, forte e em frente. Aprendi a lidar com os tropeções e as devidas pessoas que os causaram. Aprendi a não me importar tanto com o que os outros pensam. Eu sei o que é melhor pra mim. Não sei você, mas eu ainda acho que o seu melhor está guardado em mim.

Ah, desculpe. Perdi o foco. Ok.

Acrescentei seu nome naquela minha lista que cheguei a te mostrar um dia. Aquela que você jurou que jamais estaria inclusa. Tolinha. As pessoas são todas iguais. Inclusive você. E olha, se hoje me perguntarem se possuo alguma coleção, a minha resposta, dessa vez, vai ser diferente. Irei responder que sim, possuo, e quando me perguntarem do que, responderei simplesmente:

"Meu amigo, a vida é cheia de escolhas, verdades, desafios e consequências. A minha, bom.. a minha além disso tudo é cheia de decepções. Que, aliás, estão guardadinhas aqui, na caixinha que há em meu peito. Cada uma com seu cada qual. Eu sei, não faz sentido, mas sabe como é.".