10 de dezembro de 2012

Te vejo depois

Há uns dias venho pensando no que escrever e como escrever. Não existem mais palavras que possam descrever o que se passa dentro desse peito vazio. É uma mistura de sentimentos incessante, que sempre me deixa um pouco mais confusa do que já costumo ser. Fico aqui pensando se, por acaso, não te atormenta essa ideia de que você se tornou justo aquilo que eu mais temia; aquilo que você me prometeu nunca ser.

É claro que se me perguntarem agora o que eu quero, iria dizer "que se foda!". É até natural as pessoas tentarem se livrar do que as fazem mal. Mas, depois, eu lembraria de tudo o que vivemos. Das nossas conversas mais sinceras e mensagens perdidas numa madrugada qualquer. Pode-se dizer que tivemos uma história surreal, onde vivíamos em um mundo que era só nosso e os outros eram apenas os outros. A solidão não tinha vez e o tal do amor se apoderou de nós de uma forma saudável...

...até você me apunhalar pelas costas.

Você se afastou, simplesmente abandonou quem mais te queria bem. Resolveu dar um basta sem sequer saber a minha opinião sobre. Dói demais em saber que, hoje, nada mais somos além de estranhos. Dói demais saber que pra nos te esquecer eu terei que arranjar um substituto. E dói demais saber que ninguém que eu escolha será como você.

O coração às vezes prega umas peças que nos custa a acreditar. Quem um dia imaginou que eu, a menina do coração de pedra, iria estar aqui, mais uma vez, escrevendo palavras ao vento. Palavras que são escritas em um tom de desespero apelo para que você volte. Ao menos com a sua presença o vazio torna-se menor.

Sei que depois de tudo, o certo era te falar algo como "um beijo e adeus". Mas como eu vivo praticando a filosofia de insistir no errado, as únicas palavras que consigo articular são "um beijo e te vejo depois".

Na memória. Mas depois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário