27 de março de 2014

Bem-me-quer

Caminho sem direção e assim vou vivendo os dias que me foram creditados. Não costumo me apegar a mais nada, aprendi a viver o aqui e o agora. Nada paga essa sensação que se instalou dentro de mim. É uma coisa tão boa que surgiu depois de tanto tempo... foi até difícil de acreditar. Mas como tudo acontece realmente no seu devido tempo, passei a aceitar que finalmente pertenço a algum lugar.

As pessoas que me fizeram crescer hoje já nem estão mais comigo e, muito menos, em mim. Em partes isso até que é bom, pois aprendi a lidar com as perdas da melhor maneira possível. E da mais difícil também. Ninguém nunca me disse que crescer seria fácil e eu nunca esperei por isso, confesso. Consegui ser o que sou hoje graças a todos os obstáculos que se colocaram em minha frente. Alguns eu consegui vencer sozinha, outros dependi de alguém. E não me envergonho disso. Afinal, que graça teria a vida se vivêssemos nela de maneira solitária?

Apesar de estar lidando muito bem com essa nova fase que estou vivendo, sinto saudade de cada coração que se abriu, de alguma forma, para mim. Aqueles que acreditaram, que confiaram, que apostaram e também os que me abandonaram. Não julgo ninguém pelo ato que cometeu, lamento apenas por não esperar e ver tudo o que me aconteceu. Aprendi várias coisas, cresci mais ainda. Tropecei, às vezes, nos meus próprios passos, mas nem isso conseguiu me derrubar. Encarei todas as dificuldades de queixo erguido e mente aberta. E o futuro que me espera encaro de forma correta.

Aos amores que deixei pra trás minhas sinceras desculpas. Mas aprendi que antes de amar alguém, eu precisava amar a mim mesma. Demorei pra aprender, mas agora que aprendi, não me deixo mais de lado. Nunca mais. As flores que perdi foi em atos de bem-me-quer que apenas o mal me quis. Como eu não o quis de volta, descartei as pétalas e as joguei ao vento. Talvez ele tenha levado pra ti tudo o que de bom sobrou em mim. 

E se isso não aconteceu, faria questão de sair em busca de novas flores. Quem sabe assim eu encontre novos rumos e novas pessoas. Viveria o ali e o momento. E faria o mal-me-quer na esperança de que o bem sempre me quer.

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