27 de dezembro de 2013

O melhor de mim

Aí a pessoa entra na sua vida, faz morada, se aconchega, toma conta, pra no fim ir embora sem ao menos se despedir. Eu, por muito tempo, fiquei sem entender essa sua atitude. Mas conforme os dias iam passando, percebi que realmente você não era o melhor pra mim.

Te explico: te dei o que de bom ainda restava em meu peito. Dediquei à você todos os meus maiores feitos. Só que quando não recebemos tais atos de volta é ruim demais. Você tá ali, se esforçando pra pessoa te dar, no mínimo, um sorriso sincero e não vê um movimento sequer de retribuição. Complicado, né?

Se eu pudesse, iria até você pra dizer todas essas coisas. Aliás, lembra de todas aquelas vezes que falava brincando que eu iria te visitar quando você menos esperasse? Pois é, minha passagem já está comprada. Ainda tenho vontade de te ver, só não tenho certeza se você teve essa mesma vontade algum dia. Gostaria de saber disso pela sua boca. Mas se não for possível, mande uma carta. Prometo respondê-la do jeito que você merece.

De tudo o que já tive em minhas mãos, você foi a única que conseguiu escapar. E não foi por falta de cuidado, pois isso eu te dei até demais. Você podia ter ficado, eu jamais te daria motivos para fugir. Já pensou em quantas coisas a gente poderia fazer se você ainda estivesse aqui? Você sempre me dizia que queria andar de mãos dadas na orla da praia. Bom, isso até poderia se realizar se não fosse o seu orgulho. Sorte a sua que a verdade bateu em minha porta, me impedindo de ir bater na sua.

É, você realmente foi o meu melhor por algum tempo. Mas hoje, o que de bom ainda me restou, está sendo destinado a outro lugar: à mim mesmo.

Espero que esteja feliz agora.

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