9 de novembro de 2013

Capítulo 1: o fim

O (meu) mundo girou mais uma vez. E olha só onde ele me levou dessa vez, um lugar que jamais pensei em estar. Tranquilo, às vezes até demais, onde apenas os meus mais altos pensamentos ecoam imensidão afora. Sem problemas, de tanto enfrentá-los dia após dia, acabam sendo como uma canção para os meus ouvidos. Metaforicamente.

Resolvi colocar um ponto final em tudo aquilo que tive participação. Foi até melhor, todas as dúvidas que rondavam a minha cabeça enfim foram sanadas. E eu to aqui, vivão. Nada demais aconteceu, além de, é claro, algumas palavras que seriam ainda melhores se não tivessem sido ditas. Mas agora, quem se importa com isso?

Aprendi com meus piores erros que são neles que podemos encontrar algo de bom ali. No meu caso, o lado bom foi o meu crescimento. Comecei a sair mais (quem diria, hein?), conheci novas pessoas, aprendi a respeitar e, o melhor, a ser respeitado. Me dei conta de que tem muita gente por aí que realmente gosta de mim e que quer o meu bem. Então pra que me prender a algo que me trouxe apenas noites mal dormidas e cama vazia?

Me libertei. De um vício, de você. Sim, você foi o meu maior vício (e o pior também). De tanto querer você, comecei a te enxergar nos lugares mais inusitados, lugares onde eu tinha certeza que você jamais estaria. Faz parte, o coração é meio bobo mesmo. Mas tá tudo bem, mesmo que você esteja em algum desses lugares agora, pra mim tanto faz.

Você vai voltar algum dia e eu sei bem disso, mas escreva aí em algum papel perdido: eu não quero mais. Já perdi muitos meses da minha vida esperando você. Esperando por apenas um beijo de despedida. Nem isso eu ganhei. Foi tudo tão repentino, não foi?

A vida é tão curta, meu bem. Ainda tenho muitos capítulos dessa história pra escrever. Você foi apenas um deles. E um dos bons, diga-se de passagem. Não é qualquer um que aguenta cargas excessivas de amor, paixão, comédia, drama, suspense e terror em uma mesma história. Coisa de louco. Mas acabou.

Só passei aqui mesmo pra te deixar o final desse manuscrito. Depois de quase um ano trabalhando nisso, ele enfim não me pertence mais. Confesso que teve o desfecho que eu queria. Mas não seria ético de minha parte se não o entregasse para quem me ajudou começar a escrevê-lo.

Tá aí, exemplar único, proibida a venda. Agora sim você pode fazer o que quiser com ele. É seu. Não mais meu.

Capítulo 2: o começo. 

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