12 de outubro de 2013

Veja só, garota

Veja só, garota. Teu nome quando pronunciado já não diz mais nada para mim. Seus carinhos e afagos consegui deixar para trás. Os teus beijos - e trejeitos - foram descartados quando eu menos esperava. A rotina tornou-se apenas mais uma rotina e a sua vida hoje já não confundo mais com a minha.

Veja só, garota. Quanto tempo faz? Um mês, ou até mesmo dois, eu já não me lembro mais. As minhas vontades eu aprendi a saciar. De um jeito estranho, incômodo, mas ali pra sempre irão ficar. A busca continua, incessante, pertinente. A busca continua, forte, aterrorizante.

Veja só, garota. Não sei mais se eu te aceitaria de volta. Assim, do nada. Depois de vários sumiços, a ficha finalmente caiu (um pouco). Se fui algo pra você no passado, no passado lá fiquei. Enquanto você fez parte de boa parte dos meus planos futuros, acabei me perdendo em meio a tantas partes (pequenas partes) de um mundo onde fui incluso.

Veja só, garota. A felicidade hoje fez morada. Na minha casa, no meu peito. O que antes era bonito, já não tem mais tanta beleza assim. O que fiz de bom grado há alguns anos, nos anos ficaram. Não costumo carregar mais a angústia que me foi implantada.

Veja só, garota. Estou novamente escrevendo teu nome na areia. Mas prometo que será a última vez. As ondas já estão vindo pra arrastarem com elas todo o mal que você me fez.

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