18 de julho de 2013

Solidão

Acordo, olho pro lado, não te vejo.
Levanto, ando, não te encontro.
Percorro, procuro, já não sei o que fazer.

Telefone toca, coração dispara.

Atendo, não entendo, você diz que nunca mais irá voltar.
Retruco, pergunto: o que será de nós?
Presto atenção, percebo que o que jamais existiu enfim se acabou.

Paro, fecho os olhos, lembro dos segredos.
Escrevo, um enredo, palavras ditas já não existem mais.

Da janela, o luar.
Luar que um dia iluminou a nossa história e hoje sela o nosso fim.

Viajo, não reparo, o que é seu ainda está guardado.
Recomeço, passo a passo, quem sabe uma hora encontro de fato o que me é destinado.

As cartas que um dia te escrevi, hoje me lembram o que quero esquecer.

Mudei o disco, virei a página, reescrevo o que a saudade deixou.
Rastros inacabados, corações quebrados.
Sei que um dia a vontade passa e a esperança volta.

E a vida? A vida continua.

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