23 de julho de 2011

O diário de um fracasso, pt. 3

Quantas vezes o improvável já aconteceu com você? Se não se importa, gostaria de lhe mostrar.

A primeira vez é sempre a mais cruel. Tudo acontece quando você menos espera. A dor vem, atropela, dilacera e vai embora. Os vestígios que ela deixa só irão aparecer depois de dias. Ou quem sabe meses. Talvez até anos.

Na segunda vez, a gente pensa que está preparado para encarar tudo de frente. Mas não está. O "tudo" que ocorreu na primeira vez, torna a repetir. Com um pequeno detalhe: ele é mais devastador. Não importa onde ou como você está, ele entra e te destrói.

Terceira vez. Você torce pra que seja a última. Já começa até a pensar no que fez para chegar nesse ponto, novamente. De repente, ela vem. Uma dor nunca antes sentida te domina e faz de ti o que ela bem entender. Você tenta de todas as formas livrar-se dela, mas não consegue. Ela continua ali, intacta, te imobilizando e mostrando toda a sua frustração diante dos seus olhos.

E então chega um momento em que viver está cada vez mais difícil. Desistir é sempre mais fácil e rápido. Ao menos assim a dor vai embora. E com ela, você também vai.


O nosso fracasso é a gente quem faz.

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