25 de maio de 2015

Morrer de amor



Já são cinco horas da manhã e eu nem consegui pregar o olho ainda. Sinto a falta de algo que já nem sei mais o que é. Levanto-me da cama vazia, vou até a janela, acendo um cigarro e fico ali a pensar. Jurei que um dia iria te ver novamente, mas pelo visto você esqueceu o caminho pelo qual deveria voltar.

Na sua ausência, cheguei a comprar aquela flor que você tanto gostava. Nos primeiros dias ela até que deu um pouco de vida para a nossa sala de estar. Mas, agora, sem o seu sorriso diário, ela murcha cada vez mais. Nada é mais bonito como antes. Nada é mais intenso como antes. Eu só queria pegar na sua mão, dizer o que tanto guardei longe de você.

O meu mal é te concretizar em cada passo que dou, é te proferir a cada duas de três palavras que solto. A minha voz já não é tão firme como ontem, com a sua ausência ela embarga a cada vez que ouço alguém chamar o seu nome. E eu sei que nisso não há nada de passageiro. Você se foi, voltou a ser temas das minhas maiores frustrações.

Já entendi que você ganhou mesmo saindo porta afora. A sua memória permanece em mim e prevalece todas as outras que já tive com outros alguéns. Quem dera eu pudesse morrer olhando pra você só para tentar me reerguer. Quem dera eu pudesse repassar o sentimento que vivi para todas aquelas obras que não concluí.

Você se foi e eu fiquei. A sua ausência não mais se vê. Morri de amor e nem sei bem. Se é real que a saudade mata, que eu ressuscite no corpo teu.

"...um beijo, até depois, saudade."

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