3 de fevereiro de 2014

Mar de solidão

Então é assim como tudo termina? Os dias que passamos juntos, planejando o nosso futuro, simplesmente somem? As histórias contadas e todas as brigas solucionadas são apagadas?

A mão estendida roubada.

Já não sei mais o que se passou em minha cabeça pra tentar melhorar o que já não existia mais. Você passou como uma brisa relutante por todos os que te cercavam, mas hoje, ah, hoje... Hoje você sequer olha pra trás pra ver quem tanto deixou no cais. Seu corpo atracou em algum outro qualquer. Pois saiba que teu porto seguro sempre será eu, nenhum outro será capaz de me substituir.

Ainda me vejo sem direção, sem um caminho a trilhar, sem um horizonte pra contemplar. Não adianta de nada mais fazer grandes esforços, pois no fim já estarei tão longe de mim que não sei se vale a pena. Se sou eu por mim mesmo, por que arcar com tamanhos problemas quando já sei as consequências?

Você foi o que já tive de melhor, foi tudo o que sempre sonhei e tudo o que mereci ter. Eu só não esperava um desfecho tão impróprio dessa história que denominamos como nossa. Foi a mais bela história que eu já pude presenciar. Mas não sei em que parte nós nos perdemos. Não sei o real motivo que fez você ir embora e me deixar a ver navios.

Hoje tornou-se um dia meio sombrio. Por onde eu passo, vejo você. Vejo a sua sinuosa e perfeita silhueta caminhando em minha direção. Vejo nós dois de mãos dadas aproveitando o que de melhor há nessa vida. Vejo você e eu juntos, até o fim.

A nossa promessa de amar um ao outro pra sempre e além dele foi rompida. Tenho certeza que você sabe quem soltou a corda por primeiro. Se fosse eu, não estaria escrevendo mais uma carta aberta pra você. Se fosse eu, não estaria com você no pensamento. Se fosse eu, essa história já teria tido um fim.

...pra acabar com meu sofrimento.

Mas ela não teve. E tenho certeza que não irá ter.

Quando eu menos esperar, você ressurge como fênix só para me fazer chorar. 
E te manter viva como sempre esteve e sempre vai estar.

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