13 de dezembro de 2013

Amor fundamental

"Nossa, como você está linda! Olha, sério, você está de parabéns! Quem diria que você se tornaria tudo isso, hein?! Aposto que seus pais morrem de orgulho de terem uma filha como você. Bonita, inteligente, independente e sem medo de ser feliz. Se eu soubesse, teria levado mais a sério aquela paixonite que eu tinha por você na 2ª série. Haha, brincadeira. Mas... você lembra? Nós dois, sentados naquele banco bem no meio do pátio da escola, jogando conversa fora na hora do recreio. Me lembro da sua risada tímida quando me ofereceu parte do sanduíche que tinha na lancheira. Nossa, para! Você continua com aquela mesma risada de menina até hoje? Que fofa. Não, sério, é fofa sim. Pelo menos eu sempre achei. Eu sempre te acompanhei, sabe? Que bem faz essas redes sociais. Lembra do baile de formatura do ensino médio? Foi ali que me declarei pela primeira vez. E com o gelo que recebi, o melhor que fiz foi me afastar. O que? É, também pensei várias vezes em você. Na verdade, nunca deixei de fazer isso, você sempre foi mais do que uma amiga que dividia o lanche comigo. Sei que falei que era brincadeira a tal da paixonite, mas sabe como é, toda brincadeira tem seu fundo de verdade. Eu soube que você terminou o seu namoro recentemente. Não pense que estou me aproveitando da situação. Não! Apenas vi nela uma oportunidade. Por que não?, eu pensei. Então cá estou, só nunca parei pra pensar em como seria te encontrar frente a frente depois de todos esses anos. E vou te dizer: superou as minhas expectativas. Não fica tímida não. E não adianta dizer que não ficou, suas bochechas vermelhas não me deixam mentir. Mas, então, eu queria saber se você não quer voltar a dividir lanche comigo. Pode ficar tranquila, dessa vez é por minha conta. E aí?"

E aí que eu aceitei, né? Não é todo dia que reencontramos o nosso primeiro amor por aí. Vai que ele se torna o último também. Nunca se sabe.

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