10 de janeiro de 2013

Palavras, apenas

São palavras pequenas as que escrevo agora. Palavras singelas que talvez nunca cheguem ao seu verdadeiro destino. Voam com o vento, pairam sobre o ar. Com significados vazios que, com o tempo, acabam transformando-se em pó. Eu já não sei mais brincar disso. Você me deixou assim.

Essas flores no asfalto fui eu que atirei. Elas eram pra você, mas algo me disse que já não és mais a mesma; que não valia mais a pena todo esse esforço. Esforço em vão foi no que mais me dediquei nos últimos tempos. Não sei se você recorda, mas só ontem te deixei cerca de 30 mensagens no seu correio de voz. Nenhuma resposta obtive. São tantas as perguntas...

Te peguei num balanço em que eu podia dar conta de nós dois. Eu, você. Você, eu. Nós. O que houve? Por que tanta implicância logo agora? A gente tava indo tão bem. De mãos dadas. Um ao lado do outro. Sem direção.

Lembranças machucam. Lembranças torturam. Mas eu daria, ah, como eu daria, (quase) tudo pra saber como está você nesse exato momento. Talvez nem esteja pensando em mim. Talvez tenha encontrado um outro alguém. Talvez tenha se casado. Não sei. Às vezes o meu convite ficou preso entre o sofá e o vão da porta.

Mas não ficou.

Dessa forma, sigo em frente e encerro aqui mais um conjunto de palavras que dedico à ti. São palavras pequenas. Palavras, apenas.

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