2 de janeiro de 2011

Novembro de 2007

Talvez você não se lembre de mim. Talvez finja que não me conhece. Não gostaria de saber sequer se estou bem; se ainda penso em você? Aposto que essa resposta você sabe. A verdade é que nunca te esqueci. Sempre fico vagando nos meus pensamentos... "E se tivesse sido tudo diferente?". Talvez nós ainda estivéssemos juntos. Com nossas idas e vindas. Com nossas brigas infantis. Já faz tanto tempo... Na verdade, já faz tempo demais. Nós éramos tão bonitos. As nossas brincadeiras. As nossas promessas. Os nossos desejos. Tudo isso, agora, não passam de lembranças. Lembranças que pra você caíram no esquecimento, aposto. Mas eu me recordo de tudo. Dos momentos bons e dos ruins. A gente cresceu e amadureceu tanto. Me satisfazia ao ver você percebendo que sua vida tinha que tomar um rumo. Você mesmo me contou isso. Você me tinha como exemplo, tava mais do que na cara. Chegava a ser engraçado o fato de eu ser muito mais madura que você; o fato de eu ter que ser aquela que dá conselhos. Pra mim, isso nunca iria se acabar. Eu tinha você como o meu amor da minha vida. Desde os mais simples gestos (envolvendo sorvete ou estrelas) até os desejos mais loucos.. pra mim, tudo isso era amor. Até que um dia, um terceiro apareceu. Arruinou a minha e a sua vida. Ou melhor, mais a minha do que a sua. E eu tive que aceitar. Tive que ver toda essa nossa história sendo destruída. Não pude fazer nada. E assim, você disse que iria sumir. Mas disse, também, que voltaria. Você nunca voltou.

E eu, talvez, nunca te perdoe por ter me abandonado. Eu ainda te amo.

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