3 de agosto de 2010

O diário de um fracasso

Certo dia, acordei com uma imensa vontade de gritar. Gritar pro mundo como a minha vida era estranha e complexa. Talvez ele me ouvisse. Ou talvez me ignorasse, o que não seria nenhuma surpresa. Cada vez mais as pessoas se importam apenas com si próprios. Esquecem dos que estão ao seu redor e, por isso, andam sempre com punhais em mãos, para uma suposta defesa. Acontece que nem sempre precisa de um ataque para se defender. Quando se dá conta, o sangue já jorrou por todas as partes. Pronto, mais um coração ferido. Talvez as cicatrizes cheguem, trazendo a dor inesperada. E toda vez que doer, será um alerta de que você está num jogo. E o pior: é um jogo de batalhas. Alguém vai perder. Aliás, alguém tem que perder. Jogos são assim. Um vence, outro perde. E não pense que a perda é algo simples. Não! Ela é significativa. Muito, por sinal. Na última vez em que joguei, perdi minha esperança. Tudo bem, me recompus. Agora o que está valendo é minha vida.

Fui ferido. Perdi meu coração. Sem coração não há vida, me desculpe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário