5 de agosto de 2010

Eu já nem sei das coisas que eu sei

Já se imaginou em um conto de fadas? Aqueles que tem fada madrinha, carruagem e até um príncipe encantado? Sinto em lhe dizer, mas eles não existem. Não dessa forma que tu imagina. Aqui, na minha e na sua realidade, a fada madrinha nada mais é do que um cupido bobo, que sempre te coloca nas piores situações. Já a carruagem não passa de um velho par de tênis, que anda pra lá e pra cá, embaixo de chuva ou não, sem rumo definido. E o príncipe encantado... Bom, talvez ele nunca chegue. Não porque ele não exista, mas talvez porque tu não queira que ele exista. De tanto se machucar com seus próprios sentimentos, tens medo de se entregar à alguém novamente. Até porque já sabe como tudo vai terminar: um cigarro, papeis e mais um coração partido. Insiste em fazer com que os pensamentos permaneçam afastados. Mas é quase impossível, pois toda vez que olha a cama, percebe que o lado direito está do mesmo modo de quando fostes abandonado. E permanecerá ali, intacto, sabe-se lá por mais quanto tempo.

Só se ama uma vez na vida.

Pois bem, esqueceram apenas de me avisar que talvez esse amor não fosse recíproco. Então permaneço aqui, sozinho com as minhas lembranças. Procuro um novo caminho em meio a escuridão. Acendo mais um cigarro. Respiro fundo e dou uma tragada.

Próximo capítulo, por favor.

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