Sabe-se que pessoas do sexo masculino demoram mais para amadurecer. Eu que o diga. Ah, desculpe-me! Meu nome é Júlio. Tenho 22 anos e não sou nada mais do que um menino. Na sua linguagem, moleque. Tenho uma imaginação bem fértil, a qual apresenta fragmentos da realidade. Por que não, certo? Errado.
Vou explicar melhor: idealizei um modelo de mulher que gostaria de ter sempre ao meu lado. Como ela é? Um olhar atraente com um look impecável. Feminina, sabe? Comparando a mim, o oposto do que sou.
Veja bem, não sou muito de cuidar da minha aparência. Faço mais o estilo desleixado, com uma barba mal feita no rosto e muita história pra contar. Falando em história, estou aqui pra contar uma muito boa. Certo dia, resolvi confiar um pouquinho mais no meu instinto e conceder a mim mesmo uma chance de ser feliz. Ora, todo mundo quer um dia apresentar para a mãe a sua futura nora. Porém, a única coisa que me impediu de fazer isso, até agora, foi a minha própria sede insaciável de imaginar situações. Quanta ironia!
Mas tudo bem, consegui apreciar algo (ou melhor, alguém) por esses dias aí. Gabriela. Esse é o seu nome. Entre amigos em comum consegui agregar algo positivo fora da imaginação. No começo tudo ia muito bem, obrigado. Mas o tempo foi passando e ele é meio traiçoeiro, sabe. Comecei a pensar em coisas que não devia e, é claro, vez ou outra dava com a língua nos dentes.
Talvez tudo isso esteja meio confuso pra você. Pra mim também está, acredite. Até hoje ainda não entendi o verdadeiro motivo dela ter me deixado. Quer dizer, nunca a tive em minhas mãos para poder dizer agora que não tenho mais. Que seja. O problema sou eu mesmo. Sempre foi. E acho que sempre vai ser.
Vou explicar: na minha cabeça, todas as mulheres desse mundo são iguais àquela que idealizei. Lembra dela? Pois então. A questão é que esqueceram de me avisar que as coisas aqui fora são um pouquinho diferente.
O amor está cada vez mais escasso e a vida tornou-se uma competição.
E eu? Eu vou seguindo por aí, até onde me deixar permitir. O que não é muito, confesso. Mas vou levando. Tentando. Tropeçando. Nos meus próprios pensamentos. Na minha própria imaginação. Quem sabe um dia eu consiga o que tanto quero. Quem sabe um dia eu consiga parar de pensar menos e fazer mais. Quem sabe um dia eu encontre outra Gabriela na minha vida.
É... quem sabe.
Talvez tudo isso esteja meio confuso pra você. Pra mim também está, acredite. Até hoje ainda não entendi o verdadeiro motivo dela ter me deixado. Quer dizer, nunca a tive em minhas mãos para poder dizer agora que não tenho mais. Que seja. O problema sou eu mesmo. Sempre foi. E acho que sempre vai ser.
Vou explicar: na minha cabeça, todas as mulheres desse mundo são iguais àquela que idealizei. Lembra dela? Pois então. A questão é que esqueceram de me avisar que as coisas aqui fora são um pouquinho diferente.
O amor está cada vez mais escasso e a vida tornou-se uma competição.
E eu? Eu vou seguindo por aí, até onde me deixar permitir. O que não é muito, confesso. Mas vou levando. Tentando. Tropeçando. Nos meus próprios pensamentos. Na minha própria imaginação. Quem sabe um dia eu consiga o que tanto quero. Quem sabe um dia eu consiga parar de pensar menos e fazer mais. Quem sabe um dia eu encontre outra Gabriela na minha vida.
É... quem sabe.
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