7 de julho de 2013

A vida como ela é

Sabe-se que pessoas do sexo masculino demoram mais para amadurecer. Eu que o diga. Ah, desculpe-me! Meu nome é Júlio. Tenho 22 anos e não sou nada mais do que um menino. Na sua linguagem, moleque. Tenho uma imaginação bem fértil, a qual apresenta fragmentos da realidade. Por que não, certo? Errado.

Vou explicar melhor: idealizei um modelo de mulher que gostaria de ter sempre ao meu lado. Como ela é? Um olhar atraente com um look impecável. Feminina, sabe? Comparando a mim, o oposto do que sou.

Veja bem, não sou muito de cuidar da minha aparência. Faço mais o estilo desleixado, com uma barba mal feita no rosto e muita história pra contar. Falando em história, estou aqui pra contar uma muito boa. Certo dia, resolvi confiar um pouquinho mais no meu instinto e conceder a mim mesmo uma chance de ser feliz. Ora, todo mundo quer um dia apresentar para a mãe a sua futura nora. Porém, a única coisa que me impediu de fazer isso, até agora, foi a minha própria sede insaciável de imaginar situações. Quanta ironia!

Mas tudo bem, consegui apreciar algo (ou melhor, alguém) por esses dias aí. Gabriela. Esse é o seu nome. Entre amigos em comum consegui agregar algo positivo fora da imaginação. No começo tudo ia muito bem, obrigado. Mas o tempo foi passando e ele é meio traiçoeiro, sabe. Comecei a pensar em coisas que não devia e, é claro,  vez ou outra dava com a língua nos dentes.

Talvez tudo isso esteja meio confuso pra você. Pra mim também está, acredite. Até hoje ainda não entendi o verdadeiro motivo dela ter me deixado. Quer dizer, nunca a tive em minhas mãos para poder dizer agora que não tenho mais. Que seja. O problema sou eu mesmo. Sempre foi. E acho que sempre vai ser.

Vou explicar: na minha cabeça, todas as mulheres desse mundo são iguais àquela que idealizei. Lembra dela? Pois então. A questão é que esqueceram de me avisar que as coisas aqui fora são um pouquinho diferente.

O amor está cada vez mais escasso e a vida tornou-se uma competição.

E eu? Eu vou seguindo por aí, até onde me deixar permitir. O que não é muito, confesso. Mas vou levando. Tentando. Tropeçando. Nos meus próprios pensamentos. Na minha própria imaginação. Quem sabe um dia eu consiga o que tanto quero. Quem sabe um dia eu consiga parar de pensar menos e fazer mais. Quem sabe um dia eu encontre outra Gabriela na minha vida.

É... quem sabe.

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